Salmos 99

Javé reina, os povos tremem, sobre os querubins está sentado, a terra estremece.
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A expressão 'assentado entre os querubins' refere-se à Arca da Aliança (Êxodo 25:18-22), onde duas estátuas de querubins cobriam o propiciatório. Isso simbolizava a presença divina no Santo dos Santos.
Grande é Javé em Sião, muito mais alto que todos os povos.
Celebrem vosso nome grande e tremendo, porque ele é santo.
Rei poderoso que amais a justiça, estabelecestes o que é reto; o direito e a justiça exerceis em Jacó.
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A frase 'o poder do Rei ama o juízo' pode ter dupla interpretação: 1) Como atributo de Deus-Rei 2) Como referência indireta ao Messias (Isaías 9:6-7). A conexão com justiça em Jacó reforça o pacto com Israel.
Exaltai a Javé, nosso Deus, prostrai-vos ante o estrado de seus pés; ele é santo.
Moisés e Aarão estavam entre seus sacerdotes, Samuel entre os que invocavam seu nome; invocavam a Javé, e ele os ouvia.
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Moisés (líder legislador), Arão (primeiro sumo sacerdote) e Samuel (último juiz) representam diferentes modelos de liderança religiosa. Curiosamente, Samuel não era sacerdote - isso mostra a evolução do sacerdócio em Israel (1 Samuel 7:8-10).
Na coluna de nuvens falava com eles; obedeciam a seus preceitos e à lei que lhes havia dado.
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A 'coluna de nuvem' remete ao Êxodo (Êxodo 13:21-22) e ao Tabernáculo (Números 12:5). Arqueólogos confirmam que nômades do Sinai usavam colunas de fumaça/fogo como guias, corroborando o contexto histórico.
Javé, nosso Deus, vós lhes respondíeis, éreis para eles um Deus indulgente, mesmo castigando seus pecados.
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A aparente contradição entre perdão e vingança reflete a teologia deuteronomista: Deus mantém aliança, mas aplica consequências (Deuteronômio 28). Isso aparece na história de Israel, como no exílio babilônico visto como castigo/redenção.
Exaltai a Javé, nosso Deus, prostrai-vos ante seu santo monte, porque santo é Javé, nosso Deus.