Salmos 112

Aleluia! (Alef) Feliz quem teme a Javé (Bet) e muito se alegra em seus mandamentos.
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Este salmo inicia com a mesma estrutura de Sl 1, ligando a bem-aventurança à obediência. Alguns estudiosos questionam a autoria davídica, apontando para características de sabedoria pós-exílio (séc. V-IV a.C.).
(Guimel) Poderosa sobre a terra será sua descendência, (Dalet) a posteridade dos justos será abençoada.
(Hê) Em sua casa há riqueza e bem-estar, (Waw) e sua justiça permanece para sempre.
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A promessa de prosperidade reflete a teologia da retribuição do AT: bênçãos materiais como fruto da fidelidade (Dt 28:1-14). Não deve ser lida como 'prosperidade automática', mas no contexto da aliança mosaica.
(Záin) Surge nas trevas como luz para quem é reto, (Het) é clemente, misericordioso e justo.
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'Luz nas trevas' foi interpretado messianicamente (Is 9:2). O NT aplica ao ministério de Jesus (Mt 4:16). Há paralelos com textos de Qumran sobre o conflito cósmico entre luz e trevas.
(Tet) Feliz quem é compassivo e empresta, (Yod) administra seus bens com justiça.
(Kaf) Porque jamais será abalado. (Lamed) O justo será sempre recordado.
(Mem) Não tem medo de más notícias, (Nun) seu coração é firme, confia em Javé;
(Samec) seu coração está seguro, nada teme, (Áin) até triunfar de seus inimigos.
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A expectativa de vitória sobre inimigos reflete o contexto de comunidades perseguidas no pós-exílio. Deve ser lido como confiança na justiça divina, não como desejo pessoal de vingança.
(Pê) Ele reparte e dá aos pobres, (Çade) sua justiça permanece para sempre, (Qof) seu poder se eleva na glória.
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Paulo cita este verso (2Co 9:9) para fundamentar a coleta para Jerusalém, mostrando como o AT moldou a ética social cristã.
(Resh) O ímpio vê e se irrita, (Shin) range os dentes e definha. (Taw) É vão o desejo dos ímpios.
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O destino dos ímpios ecoa Sl 1:6. O 'ranger de dentes' influenciou imagens do juízo final no NT (Mt 8:12).