Salmos 11

Ao regente do coro. De Davi. Confio em Javé! Como podeis dizer-me: “Voa para um monte como um pássaro!
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Possível referência à perseguição de Davi por Saul (1sm23:14-26). A 'montanha' pode simbolizar refúgio, como as fortalezas naturais usadas por Davi durante sua fuga.
Pois os inimigos armam o arco, preparam sua flecha na corda para ferir às ocultas os de reto coração.
Destruídos os fundamentos, que pode fazer o justo?”
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'Fundamentos destruídos' tem múltiplas interpretações: 1) Colapso da ordem social/moral 2) Ruína das instituições divinas 3) Contexto específico de crise política no reinado de Davi. Provérbios 29:4 relaciona fundamentos com justiça.
Javé está em seu templo santo, no céu está o trono de Javé. Seus olhos observam, suas pálpebras sondam os seres humanos.
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A imagem do trono celestial aparece também em is66:1 e hc2:20. A prova divina (Sl7:9) é tema recorrente, comparar com jr11:20 e 1pe1:7 sobre o refinamento pela fé.
Javé põe à prova o justo e o ímpio, mas detesta quem ama a violência.
Fará chover sobre os ímpios brasa, fogo e enxofre, e um vento abrasador é a porção de seu cálice.
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Imagem de juízo com fogo/enxofre ecoa a destruição de Sodoma (gn19:24). A 'porção do copo' é símbolo escatológico retomado no Apocalipse (ap14:10). Alguns veem aqui paralelos com erupções vulcânicas históricas na região.
Pois justo é Javé, ele ama a justiça, os bons contemplarão sua face.
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A justiça divina como atributo central (sl33:5). 'Rosto olha para os retos' antecipa o tema da visão beatífica (mt5:8). Contrasta com a ideia de deuses distantes nas religiões contemporâneas a Israel.