Baruc 5

Tira, Jerusalém, a veste de luto e de miséria; reveste, para sempre, os adornos da glória divina.
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A imagem de trocar roupas de luto por vestes gloriosas é paralela a Isaías 52:1 e 61:3, simbolizando a restauração de Jerusalém após o exílio babilônico (séc. VI a.C.).
Cobre-te com o manto da justiça que vem de Deus, e coloca sobre a cabeça o diadema da glória do Eterno.
Deus vai mostrar à terra, e sob todos os céus, teu esplendor.
Eis o nome que te é dado por Deus, para todo o sempre: Paz da Justiça e Esplendor do temor de Deus!
Ergue-te, Jerusalém, galga os cumes e olha para o Oriente! Olha: ao chamado do Altíssimo, reúnem-se teus filhos, desde o poente ao levante, felizes por se haver Deus lembrado deles.
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A reunião dos filhos 'do nascente e poente' reflete a esperança do retorno dos exilados (Is 43:5-6) e, posteriormente, interpretada cristãmente como reunião dos povos na Igreja.
Quando de ti partiram, caminhavam a pé, arrastados pelos inimigos. Deus, porém, te devolve, conduzidos com honras, quais príncipes reais,
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A volta triunfal contrasta com a partida humilhante (2Rs 25:1-21). O transporte em 'carruagem real' é simbólico, já historicamente o retorno ocorreu a pé/persa (Ed 1-2).
porque Deus dispôs que sejam abaixados os montes e as colinas, e enchidos os vales para que se una o solo, para que Israel caminhe com segurança sob a glória divina.
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A aplanagem do terreno repete Isaías 40:3-4, simbolizando a remoção de obstáculos para o retorno. Arqueologia mostra que rotas da Mesopotâmia à Palestina eram planas, reforçando o caráter metafórico.
As florestas e as árvores de suave fragrância darão sombra a Israel, por ordem do Senhor.
Em verdade, é o próprio Deus quem conduz Israel, pleno de júbilo no esplendor de sua majestade, pela sua justiça, pela sua misericórdia!