Mateus 1

Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
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A ligação de Jesus com Davi e Abraão reforça promessas messiânicas (Gn 12:3; 2Sm 7:12-16). A expressão 'filho de Davi' era um título messiânico esperado para o libertador de Israel.
Abraão gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó; e Jacó gerou a Judá e a seus irmãos;
E Judá gerou, de Tamar, a Perez e a Zerá; e Perez gerou a Esrom; e Esrom gerou a Arão;
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Tamar é uma das mulheres controversas na genealogia (Gn 38). Sua inclusão mostra que a linhagem messiânica inclui histórias de engano e redenção.
E Arão gerou a Aminadabe; e Aminadabe gerou a Naassom; e Naassom gerou a Salmom;
E Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé;
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Raabe (Js 2) e Rute (Rt 1-4), ambas estrangeiras, são incluídas na genealogia. Isso destaca a universalidade da salvação, incomum para textos judaicos do período.
E Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias.
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A menção à 'mulher de Urias' (Bate-Seba) sem citar seu nome pode ser uma forma discreta de lembrar o pecado de Davi (2Sm 11-12), mostrando que a linhagem sagrada inclui falhas humanas.
E Salomão gerou a Roboão; e Roboão gerou a Abias; e Abias gerou a Asa;
E Asa gerou a Josafá; e Josafá gerou a Jorão; e Jorão gerou a Uzias;
E Uzias gerou a Jotão; e Jotão gerou a Acaz; e Acaz gerou a Ezequias;
E Ezequias gerou a Manassés; e Manassés gerou a Amom; e Amom gerou a Josias;
E Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos na deportação para babilônia.
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A deportação para a Babilônia (586 a.C., 2Rs 24-25) é um marco histórico. Jeconias (também chamado Joaquim) teve sua linhagem amaldiçoada (Jr 22:24-30), gerando debates sobre como Jesus pertence a essa linha.
E, depois da deportação para a babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel gerou a Zorobabel;
E Zorobabel gerou a Abiúde; e Abiúde gerou a Eliaquim; e Eliaquim gerou a Azor;
E Azor gerou a Sadoque; e Sadoque gerou a Aquim; e Aquim gerou a Eliúde;
E Eliúde gerou a Eleazar; e Eleazar gerou a Matã; e Matã gerou a Jacó;
E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo.
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A paternidade de José é enfatizada, mas o texto esclarece que Maria é a mãe biológica. Alguns céticos questionam a necessidade de uma genealogia legal se Jesus não é filho biológico de José.
De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para a babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a babilônia até Cristo, catorze gerações.
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As 14 gerações são simbólicas (o número 14 representa Davi em hebraico). Historiadores notam omissões: por exemplo, entre Jorão e Uzias faltam 3 reis (2Cr 21-25), sugerindo uma estrutura artificial para fins teológicos.
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.
Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente.
E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo;
E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz;
Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.
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A citação de Is 7:14 usa a tradução grega 'virgem' (LXX), enquanto o hebraico original usa 'almah' (jovem mulher). Isso gerou debates sobre o cumprimento da profecia e a validade da interpretação messiânica.
E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher;
E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.
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A expressão 'não a conheceu até' gerou discussões sobre a virgindade perpétua de Maria. Protestantes geralmente entendem como temporária; Católicos e Ortodoxos defendem a virgindade contínua, alegando que 'até' não implica mudança posterior.