Tiago 4

4 De onde vêm as guerras e as lutas entre vocês? Não vêm dos seus desejos carnais, que travam um combate dentro de vocês?
Vocês desejam, mas não têm. Continuam a assassinar e a cobiçar, mas não conseguem obter o que querem. Continuam a lutar e a guerrear. Vocês não têm porque não pedem.
Quando pedem, não recebem, porque estão pedindo com o objetivo errado, para gastar nos seus desejos carnais.
Adúlteras, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Portanto, quem quer ser amigo do mundo faz de si mesmo um inimigo de Deus.
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Tiago usa a linguagem de 'adúlteros' não no sentido literal, mas como metáfora para infidelidade espiritual (comparar Oséias 3:1). A 'amizade com o mundo' refere-se a priorizar valores contrários aos de Deus, como idolatria, materialismo ou imoralidade, comum no contexto do Império Romano do século I.
Ou vocês acham que é sem motivo que as Escrituras dizem: “O espírito que passou a morar em nós continua cheio de desejos invejosos”?
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A citação 'O Espírito que em nós habita tem ciúmes' não corresponde exatamente a nenhum texto do Antigo Testamento. Possíveis interpretações: 1) alusão a Êxodo 20:5 (ciúme divino); 2) referência a tradições judaicas extra-bíblicas; 3) paráfrase de Gênesis 6:3. A ambiguidade gerou debates sobre qual 'Escritura' Tiago citava.
No entanto, a bondade imerecida que Ele concede é maior. Por isso, as Escrituras dizem: “Deus se opõe aos arrogantes, mas concede bondade imerecida aos humildes.”
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A frase 'Deus resiste aos soberbos' é citação direta de Provérbios 3:34 (confirmada na Septuaginta, versão grega usada pelos primeiros cristãos). Também aparece em 1 Pedro 5:5, sugerindo que era um provérbio cristão comum.
Portanto, sujeitem-se a Deus; mas oponham-se ao Diabo, e ele fugirá de vocês.
Acheguem-se a Deus, e ele se achegará a vocês. Limpem as mãos, ó pecadores, e purifiquem o coração, ó indecisos.
Fiquem tristes, lamentem e chorem. Que o seu riso se transforme em choro, e a sua alegria em tristeza.
Humilhem-se aos olhos de Jeová, e ele os enaltecerá.
Parem de falar uns contra os outros, irmãos. Quem fala contra um irmão ou julga seu irmão fala contra a lei e julga a lei. Ora, se você julga a lei, não é cumpridor da lei, mas juiz.
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Proibir 'falar mal uns dos outros' ecoa o ensino de Jesus em Mateus 7:1-2. No contexto judaico-cristão, julgar o irmão equivalia a usurpar a autoridade da Lei (Torá), especialmente o mandamento 'Não dirás falso testemunho' (Êxodo 20:16).
Há somente um que é Legislador e Juiz, aquele que é capaz de salvar e de destruir. Mas você, quem é você para julgar o seu próximo?
Agora escutem, vocês que dizem: “Hoje ou amanhã viajaremos para aquela cidade, ali passaremos um ano, negociaremos e ganharemos dinheiro”,
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Planejar viagens comerciais sem considerar a vontade divina reflete o contexto de mercadores cristãos no Império Romano (século I). A expressão 'Se o Senhor quiser' (v.15) era usada até por pagãos, como atestado em inscrições gregas, mas aqui ganha sentido teológico.
embora nem saibam como será a sua vida amanhã. Porque vocês são uma neblina que aparece por um instante e depois desaparece.
Em vez disso, vocês deviam dizer: “Se Jeová quiser, viveremos e faremos isso ou aquilo.”
Mas o que acontece é que vocês se orgulham das suas arrogantes pretensões. Todo esse orgulho é mau.
Portanto, se alguém sabe fazer o que é certo e ainda assim não o faz, está pecando.
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O princípio de que omitir o bem é pecado aparece também em Lucas 12:47-48 e na parábola do bom samaritano (Lucas 10:25-37). Contrasta com visões da época que limitavam o pecado a ações ativas.