Provérbios 18

8 Quem se isola busca seus desejos egoístas; Rejeita toda a sabedoria prática.
O tolo não tem prazer no entendimento; Prefere divulgar o que tem no coração.
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Este verso reforça a ideia de que o tolo rejeita a sabedoria (pv12:15, pv15:14). A expressão 'só em que se manifeste aquilo que agrada o seu coração' reflete o egocentrismo como obstáculo ao aprendizado.
Com os maus vem o desprezo, E com a desonra vem a humilhação.
As palavras da boca do homem são como águas profundas. A fonte da sabedoria é como um riacho transbordante.
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A comparação da sabedoria com 'águas profundas' aparece também em pv20:5. No NT, Jesus usa metáfora similar para a vida espiritual (jo4:14).
Não é bom mostrar parcialidade a favor de quem é mau, Nem privar o justo da justiça.
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A advertência contra favorecer injustamente o ímpio ecoa leis do Pentateuco sobre imparcialidade (ex23:1-3). Há paralelos com a justiça social nos profetas (is1:17).
As palavras do tolo provocam discussões, E sua boca atrai uma surra.
A boca do tolo é sua ruína, E seus lábios são uma armadilha para sua vida.
As palavras do caluniador são como petiscos saborosos, Que são engolidos com facilidade e descem direto para o estômago.
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O poder destrutivo da fofoca é tema constante em Provérbios (pv16:28, pv26:22). A imagem de 'doces bocados' revela como a maledicência atrai antes de ferir.
Quem é preguiçoso no seu trabalho É irmão de quem causa destruição.
O nome de Jeová é uma torre forte. O justo corre para dentro dela e recebe proteção.
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Uma das declarações mais claras sobre a proteção divina na Bíblia. A imagem da 'torre forte' aparece também nos Salmos (sl18:2). Contrasta com a falsa segurança das riquezas no v.11.
A riqueza do rico é a sua cidade fortificada; Na sua imaginação ela é como uma muralha protetora.
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A crítica à ilusão de segurança nas riquezas aparece em textos como pv10:15 e Lc12:16-21. Arqueologia mostra que cidades muradas eram símbolos de poder no Antigo Oriente.
Antes da queda, o coração do homem é arrogante; E antes da glória há humildade.
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Este princípio de humildade precede honra aparece em pv15:33 e pv16:18. Jesus o desenvolve (mt23:12).
Responder antes de ouvir os fatos É tolice e resulta em humilhação.
O espírito do homem pode sustentá-lo na sua doença, Mas quem pode suportar o espírito abatido?
O coração de quem tem entendimento adquire conhecimento, E o ouvido dos sábios busca o conhecimento.
Um presente abre as portas para quem o dá E lhe permite ter acesso a pessoas importantes.
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A menção a 'presentes' pode sugerir suborno, mas no contexto histórico era prática comum de protocolo diplomático. Deve ser lido com cautela (pv17:8, pv21:14).
O primeiro a apresentar a sua causa parece estar certo, Até que vem a outra parte e o interroga.
Lançar sortes acaba com as disputas E decide questões entre adversários poderosos.
Um irmão ofendido é mais inacessível do que uma cidade fortificada, E há disputas que são como as trancas de uma fortaleza.
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A dificuldade de reconciliação é comparada a guerras urbanas. Arqueologia comproba que cidades fortificadas como Hazor eram quase inexpugnáveis, ilustrando a metáfora.
Dos frutos das suas palavras o homem encherá o seu estômago; Ele se fartará com o produto dos seus lábios.
Morte e vida estão no poder da língua; Os que gostam de usá-la comerão os seus frutos.
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Declaração radical sobre o poder das palavras. Tiago desenvolve essa ideia (tg3:5-6). O termo 'poder' (no hebraico 'yad') literalmente significa 'mão', sugerindo controle ativo.
Quem encontra uma boa esposa encontra algo bom, E recebe o favor de Jeová.
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A valorização do casamento equilibra-se com alertas sobre esposas problemáticas (pv21:9). A 'benevolência do Senhor' sugere que bons relacionamentos são dádiva divina (pv19:14).
O pobre fala suplicando, Mas o rico responde de modo duro.
Alguns amigos estão prontos para acabar um com o outro, Mas há um amigo que se apega mais do que um irmão.
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A distinção entre amigos superficiais e verdadeiros ecoa em pv17:17. Cristãos veem no 'amigo mais chegado' uma alusão a Cristo (jo15:13-15).