Salmos 62

A minha alma descansa somente em Deus; dele vem a minha salvação.
Somente ele é a rocha que me salva; ele é a minha torre segura! Jamais serei abalado!
Até quando todos vocês atacarão um homem, que está como um muro inclinado, como uma cerca prestes a cair?
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O verso reflete contextos de conspiração política, comum em reinados como o de Davi, onde rivais buscavam derrubar o líder. A 'parede encurvada' simboliza a instabilidade dos que tramam o mal.
Todo o propósito deles é derrubá-lo de sua posição elevada; eles se deliciam com mentiras. Com a boca abençoam, mas no íntimo amaldiçoam. Pausa
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A menção a 'Selá' (termo musical de significado incerto, possivelmente indicando pausa ou reforço) marca uma transição. A hipocrisia de bendizer com a boca enquanto se maldiz internamente era uma crítica a falsos conselheiros ou inimigos.
Descanse somente em Deus, ó minha alma; dele vem a minha esperança.
Somente ele é a rocha que me salva; ele é a minha torre alta! Não serei abalado!
A minha salvação e a minha honra de Deus dependem; ele é a minha rocha firme, o meu refúgio.
Confiem nele em todos os momentos, ó povo; derramem diante dele o coração, pois ele é o nosso refúgio. Pausa
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Novo 'Selá' (ver v.4). O convite para 'derramar o coração' diante de Deus ecoa em orações similares (cf. sl142:2; 1pe5:7).
Os homens de origem humilde não passam de um sopro, os de origem importante não passam de mentira; pesados na balança, juntos não chegam ao peso de um sopro.
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A crítica à vaidade humana, independente de classe social, contrasta com a confiança em Deus. A imagem da balança pode aludir ao julgamento divino (pv16:11).
Não confiem na extorsão, nem ponham a esperança em bens roubados; se as suas riquezas aumentam, não ponham nelas o coração.
Uma vez Deus falou, duas vezes eu ouvi, que o poder pertence a Deus.
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A expressão 'Deus falou uma vez; duas vezes...' é um recurso poético hebraico para ênfase, também encontrado em jó33:14.
Contigo também, Senhor, está a fidelidade. É certo que retribuirás a cada um conforme o seu procedimento.
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A combinação de misericórdia e retribuição segundo as obras é tema recorrente (rm2:6; ap22:12). Apesar da ênfase na graça no NT, aqui a justiça divina equilibra bondade e responsabilidade humana.