Salmos 48

Grande é o Senhor, e digno de todo louvor na cidade do nosso Deus.
Seu santo monte, belo e majestoso, é a alegria da terra toda. Como as alturas do Zafom é o monte Sião, a cidade do grande Rei.
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A expressão 'cidade do grande Rei' é retomada por Jesus em Mateus 5:35, vinculando Sião à Jerusalém celestial. A localização geográfica ('lados do norte') pode referir-se à posição do Templo no Monte Moriá (2Cr 3:1), não ao norte literal.
Nas suas cidadelas Deus se revela como sua proteção.
Vejam! Os reis somaram forças, e juntos avançaram contra ela.
Quando a viram, ficaram atônitos, fugiram aterrorizados.
Ali mesmo o pavor os dominou; contorceram-se como a mulher no parto.
Foste como o vento oriental quando destruiu os navios de Társis.
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Társis representa centros comerciais distantes (possivelmente na Espanha ou Cartago). A menção de naus sendo destruídas por vento oriental encontra paralelo em Ezequias 27:26 e Jonas 1:4. Arqueologia comprova a existência de rotas marítimas fenícias no século X a.C. (naufrágio de Uluburun).
Como já temos ouvido, agora também temos visto na cidade do Senhor dos Exércitos, na cidade de nosso Deus: Deus a preserva firme para sempre. Pausa
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A afirmação 'Deus a confirmará para sempre' ganha dimensão escatológica, sendo associada à Nova Jerusalém (Ap 21:2). Historiadores apontam que a destruição de Jerusalém em 586 a.C. (2Rs 25:8-10) questiona esta permanência literal, sugerindo uma interpretação teológica.
No teu templo, ó Deus, meditamos em teu amor leal.
Como o teu nome, ó Deus, o teu louvor alcança os confins da terra; a tua mão direita está cheia de justiça.
O monte Sião se alegra, as cidades de Judá exultam por causa das tuas decisões justas.
Percorram Sião, contornando-a, contem as suas torres,
observem bem as suas muralhas, examinem as suas cidadelas, para que vocês falem à próxima geração
que este Deus é o nosso Deus para todo o sempre; ele será o nosso guia até o fim.
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A tradução 'até à morte' (hebraico 'al-mut') é contestada. A Septuaginta traduz como 'para sempre', e alguns manuscritos hebraicos sugerem 'além da morte'. Essa variação impacta a compreensão da vida após a morte no AT.