Salmos 29

Atribuam ao Senhor, ó seres celestiais, atribuam ao Senhor glória e força.
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A expressão 'filhos dos poderosos' (hebraico 'bene elim') gera discussão: pode referir-se a seres celestiais (como em salmo 89:6) ou líderes humanos. A Septuaginta traduz como 'filhos de Deus', sugerindo uma assembleia divina.
Atribuam ao Senhor a glória que o seu nome merece; adorem o Senhor no esplendor do seu santuário.
A voz do Senhor ressoa sobre as águas; o Deus da glória troveja, o Senhor troveja sobre as muitas águas.
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A menção do Senhor sobre 'muitas águas' ecoa mitos cananeus onde Baal controlava tempestades. O salmo apropria essa imagem para exaltar Yahweh, negando o poder de Baal (contexto de sincretismo religioso no antigo Israel).Possível ligação com a criação (gn1:2) e o controle de Deus sobre o caos aquático (sl93:3-4).
A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é majestosa.
A voz do Senhor quebra os cedros; o Senhor despedaça os cedros do Líbano.
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Cedros do Líbano eram símbolos de força e prestígio, usados em templos (1rs5:6). A quebra deles representa o poder absoluto de Yahweh sobre a natureza e os símbolos pagãos.
Ele faz o Líbano saltar como bezerro, o Siriom como novilho selvagem.
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Sirion é o nome fenício do Monte Hermon (dt3:9), região associada a cultos cananeus. O salmo usa geografia pagã para demonstrar o domínio de Deus.
A voz do Senhor corta os céus com raios flamejantes.
A voz do Senhor faz tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades.
A voz do Senhor retorce os carvalhos e despe as florestas. E no seu templo todos clamam: "Glória! "
O Senhor assentou-se soberano sobre o dilúvio; o Senhor reina soberano para sempre.
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'Assentou-se sobre o dilúvio' pode aludir tanto ao dilúvio de Noé (gn7-8) quanto ao mito do deus que vence o caos aquático (como em sl29:10). Afirma o governo eterno de Yahweh sobre forças destrutivas.
O Senhor dá força ao seu povo; o Senhor dá a seu povo a bênção da paz.