Salmos 140

Livra-me, Senhor, dos maus; protege-me dos violentos,
que no coração tramam planos perversos e estão sempre provocando guerra.
Afiam a língua como a da serpente; veneno de víbora está em seus lábios. Pausa
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A comparação da língua com veneno de serpente remete à ideia de discurso traiçoeiro (ver romanos3:13). O termo 'Selá' (presente em vários salmos) provavelmente indica uma pausa musical ou reforço litúrgico, mas seu significado exato é desconhecido.
Protege-me, Senhor, das mãos dos ímpios; protege-me dos violentos, que pretendem fazer-me tropeçar.
Homens arrogantes prepararam armadilhas contra mim, perversos estenderam as suas redes; no meu caminho armaram ciladas contra mim. Pausa
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As metáforas de armadilhas (redes, cordas) eram comuns para descrever conspirações. Arqueólogos encontraram artefatos de caça da antiguidade com mecanismos similares, corroborando a imagem usada.
Eu declaro ao Senhor: "Tu és o meu Deus". Ouve, Senhor, a minha súplica!
Ó Soberano Senhor, meu salvador poderoso, tu me proteges a cabeça no dia da batalha;
não atendas os desejos dos ímpios, Senhor! Não permitas que os planos deles tenham sucesso, para que não se orgulhem. Pausa
Recaia sobre a cabeça dos que me cercam a maldade que os seus lábios proferiram.
Caiam brasas sobre eles, e sejam lançados ao fogo, em covas das quais jamais possam sair.
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Este verso é um exemplo de 'imprecação' (maldição contra inimigos), comum nos Salmos. Contrasta com o ensino de Jesus sobre amar os inimigos (mateus5:44), gerando debates sobre como conciliar essas perspectivas.
Que os difamadores não se estabeleçam na terra, e a desgraça persiga os violentos até à morte.
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A conexão entre linguagem destrutiva e consequências sociais reflete provérbios antigos (provérbios19:5). A expressão 'desterrado' pode aludir ao exílio, prática comum como punição no Oriente Médio antigo.
Sei que o Senhor defenderá a causa do necessitado e fará justiça aos pobres.
Com certeza os justos darão graças ao teu nome, e os homens íntegros viverão na tua presença.
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A promessa de habitar na presença divina antecipa temas escatológicos do Novo Testamento (apocalipse21:3).