Salmos 5

Ao Músico-chefe de Neilote, Salmo de Davi. Dá ouvidos às minhas palavras, ó SENHOR, considera a minha meditação.
Escuta a voz do meu clamor, meu Rei e meu Deus, porque a ti orarei.
Minha voz tu ouvirás de manhã, ó SENHOR; pela manhã direcionarei minha oração a ti, e olharei para cima.
Porque tu não és um Deus que tenha prazer na perversidade, nem o mal habitará contigo.
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Este verso destaca a natureza santa de Deus, contrastando com deuses de outras religiões antigas que às vezes eram associados a conflitos e maldade. Referências como 1jo1:5 e hc1:13 reforçam essa ideia.
Os tolos não ficarão à tua vista; tu odeias a todos os trabalhadores da iniquidade.
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A expressão 'os loucos' refere-se aos ímpios que rejeitam Deus, não a pessoas com deficiências mentais. O conceito de Deus 'odiar' os malfeitores (em pr6:16-19) deve ser entendido como rejeição ao pecado, não às pessoas.
Destruirás aqueles que falam mentira; o SENHOR abominará o homem sanguinário e enganador.
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A menção a 'homem sanguinário' reflete o contexto de violência tribal na antiguidade. A conexão entre mentira e violência aparece também em ap21:8.
Mas, quanto a mim, entrarei na tua casa na multidão da tua misericórdia; e em teu temor eu adorarei em direção ao teu santo templo.
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A entrada no templo 'pela benignidade' antecipa o conceito neotestamentário de acesso a Deus pela graça (hb4:16). O templo físico aqui simboliza a presença divina.
Conduz-me, ó SENHOR, na tua justiça por causa de meus inimigos; faz o teu caminho reto diante da minha face.
Porque não há fidelidade na boca deles; sua parte interior é muita perversidade; sua garganta é um sepulcro aberto; eles lisonjeiam com a sua língua.
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A metáfora 'sepulcro aberto' (associada à impureza ritual na cultura judaica) é reaproveitada por Paulo em rm3:13 para descrever a corrupção humana.
Destrói-os, ó Deus; que eles caiam por seus próprios conselhos; lança-os fora na multidão de suas transgressões, porque eles se rebelaram contra ti.
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Esta imprecação deve ser entendida no contexto de justiça divina, não de vingança pessoal. Paralelos em sl7:15-16 mostram o princípio de consequência natural dos atos.
Mas que todos aqueles que põem sua confiança em ti se regozijem; que eles sempre gritem de alegria porque tu os defendes; e que também aqueles que amam o teu nome se alegrem em ti.
Porque tu, SENHOR, abençoarás ao justo; com favor tu circundá-lo-ás como com um escudo.
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O 'escudo' da benevolência divina ecoa promessas similares em sl28:7 e gn15:1, simbolizando proteção militar - imagem compreensível numa sociedade guerreira.