Salmos 105

Dai graças ao SENHOR, invocai o seu nome; fazei conhecidos os seus feitos entre os povos.
Cantai-lhe, cantai-lhe salmos; falai de todas as suas obras maravilhosas.
Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração daqueles que buscam ao SENHOR.
Buscai ao SENHOR e a sua força; buscai a sua face continuamente.
Lembrai-vos das obras maravilhosas que ele fez, dos seus prodígios e dos juízos da sua boca;
Ó vós, semente de Abraão, seu servo, vós, filhos de Jacó, seus escolhidos.
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Refere-se à descendência de Abraão e Jacó como povo escolhido. A aliança com Abraão é mencionada em Gênesis 12:1-3, e a escolha de Jacó (Israel) em Gênesis 35:9-12.
Ele é o SENHOR nosso Deus; os seus juízos estão em toda a terra.
Ele lembrou-se do seu pacto para sempre, da palavra que ordenou a milhares de gerações.
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A 'aliança para sempre' remete à promessa feita a Abraão (Gn15:18) e reiterada a Davi (2Sm7:12-16). A expressão 'milhares de gerações' aparece também em Deuteronômio 7:9, reforçando a fidelidade divina.
O qual pacto fez com Abraão, e o seu juramento a Isaque.
E confirmou o mesmo a Jacó por uma lei, e a Israel por um pacto eterno,
Dizendo: A ti darei a terra de Canaã, a porção da vossa herança.
Quando eles eram poucos homens em número, sim, muito poucos, e estrangeiros nela;
Quando foram de uma nação a outra, e de um reino para outro povo;
Não permitiu que homem nenhum os oprimisse, sim, ele repreendeu a reis por sua causa;
Dizendo: Não toqueis nos meus ungidos, e não causeis danos aos meus profetas.
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A proibição de tocar nos 'ungidos' (reis ou patriarcas) e profetas aparece em relatos como Abraão e Sara em Gerar (Gn20:3-7) e Isaque com Abimeleque (Gn26:9-11). Reflete a proteção divina aos líderes do povo.
Além disso, chamou a fome sobre a terra, quebrantou todo o sustento de pão.
Enviou um homem perante eles, José, que foi vendido como escravo;
Cujos pés machucaram com grilhões; foi posto em ferros;
Até o momento em que veio a sua palavra; a palavra do SENHOR o provou.
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A 'palavra do Senhor o provou' refere-se a José, vendido como escravo (Gn37-50). Apesar do sofrimento, Deus o preparou para salvar Israel (Gn50:20). O salmo destaca o propósito divino mesmo na adversidade.
O rei ordenou que o soltassem; o governador dos povos o libertou.
Fê-lo senhor da sua casa, e governador de toda a sua riqueza,
para sujeitar os seus príncipes ao seu prazer, e ensinar aos seus anciãos a sabedoria.
Israel também veio ao Egito, e Jacó peregrinou na terra de Cam.
E ele aumentou o seu povo grandemente, e o fez mais forte do que os seus inimigos.
Mudou o coração deles para que odiassem o seu povo, para que lidassem sutilmente com os seus servos.
Enviou Moisés, seu servo; e Arão, a quem ele tinha escolhido.
Mostraram os seus sinais entre eles, e prodígios na terra de Cam.
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Os 'sinais e prodígios' aludem às 10 pragas do Egito (Êx7-12). Curiosamente, o salmo não lista todas, focando no poder divino sobre a natureza e governantes.
Ele enviou trevas, e a fez escurecer; e não foram rebeldes à sua palavra.
Ele tornou as suas águas em sangue, e matou os seus peixes.
A sua terra produziu rãs em abundância, nas câmaras dos seus reis.
Ele falou, e vieram vários tipos de moscas, e piolhos em todo seu litoral.
Ele deu-lhes granizo por chuva, e fogo abrasador na sua terra.
Feriu as suas vinhas e também as suas figueiras, e quebrou as árvores dos seus litorais.
Ele falou e vieram locustas e lagartas sem número.
E comeram toda a erva da sua terra, e devoraram o fruto do seu solo.
Ele também feriu a todos os primogênitos da sua terra, o principal de todas as suas forças.
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A morte dos primogênitos (Êx12:29-30) foi o juízo final que levou Faraó a libertar Israel. Arqueologicamente, não há evidência direta, mas o relato reforça o tema da soberania divina na história.
Ele os tirou com prata e ouro, e não houve uma pessoa fraca entre as suas tribos.
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A saída com 'prata e ouro' cumpre a promessa de Êx3:21-22. Êx12:35-36 relata como os egípcios deram bens aos hebreus, possivelmente para apressar sua partida após as pragas.
O Egito se alegrou quando eles partiram, pois o medo caíra sobre eles.
Ele espalhou uma nuvem por coberta, e um fogo para dar luz à noite.
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A nuvem e coluna de fogo guiaram Israel no êxodo (Êx13:21-22; Nm9:15-23). A codorna e o maná (v.40) são descritos em Êx16:13-15 (pão do céu) e Nm11:31 (codornizes).
O povo pediu e ele trouxe codornas, e os saciou de pão do céu.
Ele abriu a rocha, e as águas saíram; correram pelos lugares secos, como um rio.
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A água da rocha aparece em dois relatos: Êx17:5-6 (Horebe) e Nm20:8-11 (Meribá). O salmo sintetiza os milagres como provisão contínua, ligando-os à fidelidade à aliança (v.42).
Pois ele se lembrou da sua santa promessa, e de Abraão, seu servo.
E trouxe dali o seu povo com alegria, e os seus escolhidos com regozijo.
E deu-lhes as terras dos pagãos; e eles herdaram o trabalho dos povos;
para que guardassem os seus estatutos, e guardassem as suas leis. Louvai ao SENHOR.