Ezequiel 30

A palavra do SENHOR veio novamente a mim, dizendo:
Filho do homem, profetiza, e dize: Assim diz o Senhor DEUS: Uivai: Ai daquele dia!
Porque o dia está perto, o dia do SENHOR está mesmo perto; um dia nublado; será o tempo dos pagãos.
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O 'tempo dos gentios' (v.3) é um conceito que aparece em Lucas 21:24, geralmente interpretado como períodos de dominação estrangeira sobre Israel. A menção a 'dia nublado' simboliza julgamento divino.
E a espada virá sobre o Egito, e grande dor haverá na Etiópia, quando os mortos caírem no Egito; e eles tomarão a sua multidão, e seus fundamentos serão demolidos.
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A profecia contra Egito e Etiópia (v.4) reflete o contexto histórico das invasões babilônicas no século VI a.C. Pute (Líbia), Lude (Lídia) e Cube (possivelmente Cuxe) eram aliados do Egito - cf. jer46:9, na27:10.
Etiópia, Líbia e Lídia e todas as pessoas misturadas, e Cube, e os homens das terras aliadas, eles cairão pela espada.
Assim diz o SENHOR: Aqueles também que sustém o Egito, cairão, e o orgulho do seu poder cairá; desde a torre de Sevene eles cairão pela espada, diz o Senhor DEUS.
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A 'torre de Syene' (v.6) é a atual Assuã, extremo sul do Egito. Arqueólogos encontraram fortificações babilônicas nesta região, corroborando a narrativa de invasão - embora a extensão real do controle babilônico sobre o Egito ainda seja debatida.
E serão assolados no meio das nações que estão assolados, e suas cidades estarão no meio das cidades que estão devastadas.
E eles saberão que eu sou o SENHOR, quando tiver ateado fogo no Egito, e quando todos os seus ajudadores forem destruídos.
Naquele dia, mensageiros sairão de mim em navios, para amedrontarem os sossegados etíopes, e grande dor virá sobre eles, como no dia do Egito; porque, eis que ele vem.
Assim diz o Senhor DEUS: Eu também farei com que a multidão do Egito cesse pela mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia.
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Nabucodonosor invadiu o Egito por volta de 568 a.C., conforme registrado em uma estela fragmentária (conhecida como 'Inscrição de Nebuchadnezzar'), mas a conquista completa descrita aqui não se concretizou historicamente, gerando debates sobre interpretação profética.
Ele e o seu povo com ele, os terríveis das nações, serão trazidos para destruírem a terra, e eles desembainharão as suas espadas contra o Egito, e encherão a terra com os mortos.
E tornarei os rios secos, e venderei a terra à mão dos perversos, e farei com que a terra fique assolada e tudo o que há nela, pela mão dos estranhos; eu, o SENHOR, o disse.
Assim diz o Senhor DEUS: Eu também destruirei os ídolos, e farei com que as suas imagens cessem em Nofe; e não haverá mais um príncipe da terra do Egito; e porei medo na terra do Egito.
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Nofe é Mênfis, antiga capital egípcia. Escavações revelaram destruição em camadas arqueológicas do século VI a.C., possivelmente relacionada às invasões babilônicas - embora a maioria dos danos conhecidos venha de períodos anteriores.
E farei com que Patros fique assolada, e porei fogo em Zoã, e executarei juízos em Nô.
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Nô (v.14) é Tebas, capital do Alto Egito. Curiosamente, foi destruída pelos assírios em 663 a.C., não pelos babilônios. Alguns estudiosos sugerem que Ezequiel estaria reinterpretando eventos históricos anteriores como juízos divinos.
E derramarei minha fúria sobre Sim, a força do Egito, e cortarei fora a multidão de Nô.
E porei fogo no Egito; Sim terá grande dor, e Nô será fendida, e Nofe terá aflições diariamente.
Os homens jovens de Áven e Pi-Besete cairão à espada, e estas cidades irão em cativeiro.
E em Tafnes também, o dia se escurecerá, quando eu quebrar ali os jugos do Egito, e nela cessar o esplendor da sua força, quanto a ela, uma nuvem a cobrirá, e suas filhas irão em cativeiro.
Assim executarei juízos no Egito, e eles saberão que eu sou o SENHOR.
E sucedeu que, no ano undécimo, no primeiro mês, no sétimo dia do mês, que a palavra do SENHOR veio a mim, dizendo:
Filho do homem, eu quebrei o braço de Faraó, rei do Egito, e eis que não será atado para ser curado, para pôr uma roldana para amarrá-lo, para fazê-lo forte para segurar a espada.
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A metáfora do braço quebrado de Faraó (v.21) refere-se à derrota do faraó Hofra por Nabucodonosor. Jeremias 37:5-7 e Heródoto (Histórias 2:161) confirmam conflitos egípcio-babilônicos nesse período.
Portanto, assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu estou contra Faraó, rei do Egito, e quebrarei os seus braços, o forte e aquele que foi quebrado, e eu farei a espada cair da sua mão.
E espalharei os egípcios entre as nações, e os dispersarei pelas nações.
E eu fortalecerei os braços do rei de Babilônia, e porei a minha espada na sua mão; mas quebrarei os braços de Faraó, e ele gemerá diante dele com os gemidos de um homem mortalmente ferido.
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A profecia sobre o fortalecimento de Nabucodonosor (v.24) é historicamente precisa - seu exército realmente dominou a região. Porém, o versículo 23 sobre dispersão total dos egípcios é hiperbólico: o Egito manteve população estável, gerando discussões sobre linguagem profética simbólica.
Mas fortalecerei os braços do rei de Babilônia, e os braços de Faraó cairão; e eles saberão que eu sou o SENHOR, quando eu colocar a minha espada na mão do rei de Babilônia, e ele a estender sobre a terra do Egito.
E eu espalharei os egípcios entre as nações, e os dispersarei entre as nações; e eles saberão que eu sou o SENHOR.