Amós 2

Assim diz o ­SENHOR: Por três transgressões de Moabe, e por quatro, não retirarei o seu castigo, pois ele queimou os ossos do rei de Edom, até os reduzir a cal.
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Moabe é condenado por profanar os ossos do rei de Edom. Esse evento histórico específico não é detalhado em outras partes da Bíblia, gerando debates sobre sua origem. A prática de queimar ossos era um ultraje ritual, visando impedir a ressurreição segundo crenças antigas.
Mas eu enviarei fogo a Moabe, e consumirá os palácios de Queriote; e Moabe morrerá com tumulto, com gritos, e com o som de trombeta;
e exterminarei o juiz do meio dele, e com ele matarei todos os seus príncipes, diz o ­SENHOR.
Assim diz o ­SENHOR: Por três transgressões de Judá, e por quatro, não retirarei o seu castigo, pois eles desprezaram a lei do ­SENHOR, e não guardaram os seus mandamentos; e suas mentiras os enganaram, após as quais andaram seus pais;
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Judá é julgado por rejeitar a Lei. A menção a 'andarem após mentiras' refere-se à idolatria (2Rs 17:19). A crítica aqui é direcionada ao Reino do Sul, mostrando que mesmo o povo do Templo não escapou da condenação.
mas eu enviarei fogo a Judá, e ele consumirá os palácios de Jerusalém.
Assim diz o ­SENHOR: Por três transgressões de Israel, e por quatro, não retirarei o seu castigo, pois eles venderam o justo por prata, e o pobre por um par de sandálias;
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Israel é acusado de vender o justo por prata. A expressão 'par de sapatos' simboliza transações insignificantes (Am 8:6). Isso reflete a corrupção do sistema judicial, onde pobres eram escravizados por dívidas mínimas (Êx 21:7).
suspirando pelo pó da terra, sobre a cabeça dos pobres, pervertem o caminho dos mansos; e um homem e seu pai entram à mesma moça, para profanarem o meu santo nome;
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A relação sexual com 'a mesma moça' provavelmente denuncia prostituição cultual em santuários pagãos (Os 4:14) ou exploração de servas. O texto combina injustiça social com perversão religiosa.
e eles deitaram-se sobre roupas colocadas para penhorar por todo altar, e bebem o vinho dos condenados na casa de seu deus.
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Usar roupas empenhadas como colchão nos altares violava a Lei (Êx 22:26-27), que exigia a devolução de mantas antes do pôr do sol. Beber vinho de multas ilegais mostra a ganância vinculada ao culto.
Todavia eu destruí diante deles o amorreu, cuja altura era como a altura dos cedros, e era tão forte quanto os carvalhos; ainda assim destruí seu fruto por cima, e suas raízes por baixo.
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A destruição dos amorreus remete a Nm 21:21-31. Arqueologia confirma o declínio das cidades cananeias na Idade do Bronze, mas a descrição hiperbólica ('altura dos cedros') usa linguagem épica para enfatizar o poder divino.
Também vos fiz subir da terra do Egito, e vos guiei através do deserto por quarenta anos, para que possuísseis a terra do amorreu.
E levantei profetas dentre vossos filhos e dentre os vossos jovens nazireus. Não é isto assim, ó filhos de Israel? Diz o ­SENHOR.
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Os nazireus (Nm 6:1-21) eram consagrados por votos, incluindo abstinência de vinho. Corrompê-los simbolizava a quebra total da aliança. Profetas como Elias enfrentaram perseguição similar (1Rs 18:4).
Mas vós destes aos nazireus vinho a beber, e ordenaste aos profetas, dizendo: não profetizareis.
Eis que vos apertarei no vosso lugar, como se aperta uma carruagem cheia de feixes.
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A metáfora do carro sobrecarregado aparece apenas aqui na Bíblia. Representa o colapso inevitável sob o peso do pecado, possivelmente aludindo à pressão assíria sobre Israel (2Rs 17:5-6).
Portanto, o ágil perecerá em seu voo, nem o forte corroborará a sua força, nem o valente salvará a sua vida;
e não ficará em pé o que maneja o arco, e aquele que é ligeiro de pés não se livrará, nem tampouco se livrará o que vai montado a cavalo.
E o mais corajoso entre os valentes fugirá nu naquele dia, diz o ­SENHOR.