Provérbios 16

O homem faz seus projetos, mas a resposta vem de Javé.
A pessoa pode achar que sua conduta é certa, mas é Javé quem examina as consciências.
Confie a Javé o que você faz, e seus projetos se realizarão.
Javé faz tudo para uma finalidade, até mesmo o injusto para o dia da desgraça.
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Este verso pode ser controverso ao sugerir que Deus criou o ímpio 'para o dia do mal'. Alguns interpretam como a soberania divina usando até o mal para seus propósitos (Romanos 9:22), enquanto outros veem aqui uma ênfase na justiça final, não na predestinação do mal.
Javé detesta o orgulhoso, que certamente não ficará sem castigo.
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A conexão entre orgulho e queda aparece em textos extrabíblicos como o Egitocio 'Instruções de Amenemope', mas a Bíblia única a liga diretamente ao julgamento divino, não apenas consequências naturais.
Com amor e fidelidade apaga-se a culpa, e com o temor de Javé se evita o mal.
Quando aprova a conduta de alguém, Javé o reconcilia até mesmo com os inimigos.
Mais vale pouco com justiça, do que muitos ganhos violando o direito.
O homem planeja o seu caminho, mas é Javé quem lhe dirige os passos.
Há um oráculo nos lábios do rei, e sua boca não erra na sentença.
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A 'sentença divina' nos lábios do rei reflete a crença antiga na realeza como representante divino (Salmo 2). Críticos apontam que Salomão, autor tradicional, posteriormente desobedeceu este princípio (1Reis 11:4).
Os pratos da balança justa são de Javé, e todos os pesos são obra sua.
Os reis detestam a prática do mal, porque é na justiça que o trono se firma.
O rei aprova os lábios sinceros e ama quem fala com retidão.
A ira do rei é arauto de morte, mas o homem sensato consegue aplacá-la.
No rosto sereno do rei está a vida, e seu favor é nuvem que traz chuva.
Mais vale adquirir sabedoria do que ouro, e é melhor adquirir discernimento do que prata.
O caminho dos homens retos consiste em evitar o mal, e quem vigia o próprio caminho conserva a vida.
Antes da ruína vem o orgulho, e antes da queda a presunção.
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A frase 'soberba precede a ruína' é um princípio repetido em Provérbios (11:2; 18:12) e ecoada no NT (1Timóteo 3:6). Arqueologia mostra que inscrições antigas (ex: Estela de Mesa) frequentemente atribuíam derrotas militares à arrogância dos líderes, corroborando a visão bíblica.
É melhor ser humilde com os pobres, do que repartir despojos com os soberbos.
Quem mede as palavras tem sucesso, e quem confia em Javé é feliz.
Quem tem mente sábia será chamado inteligente, e falar com suavidade convence muito mais.
A sensatez é fonte de vida para quem a possui, mas a estupidez é a escola dos tolos.
O sábio de mente possui boca discreta, e seus lábios convencem muito mais.
As palavras gentis são favo de mel: doce na garganta e saudável para o corpo.
Há caminhos que parecem retos, mas acabam levando para a morte.
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Repetição idêntica de Provérbios 14:12. A ideia de caminhos 'que parecem direito' alerta contra autoengano moral. Filósofos estoicos gregos contemporâneos tinham conceitos similares, mas a versão bíblica liga diretamente à relação com Deus.
A fome do trabalhador o faz trabalhar, porque sua boca o empurra.
O vagabundo causa desgraça, e leva nos lábios fogo abrasador.
O homem perverso provoca brigas, e quem calunia separa os amigos.
O homem violento seduz o próximo, e o arrasta pelo mau caminho.
Quem pisca o olho planeja fraudes; quem aperta os lábios já praticou o mal.
Cabelos brancos são coroa nobre, quando se encontram no caminho da justiça.
Paciência vale mais que valentia, e dominar a si mesmo vale mais que conquistar uma cidade.
Os homens jogam dados para tirar a sorte, mas a sentença vem de Javé.
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O uso de sortes (como em Levítico 16:8 e Atos 1:26) era comum no antigo Oriente Médio. Arqueólogos encontraram 'sortes' em Lachish e Hazor - seixos com inscrições usados para decisões, confirmando o contexto histórico.