Provérbios 13

Filho sensato aceita a correção do pai; filho insolente não escuta a repreensão.
O homem se alimenta com aquilo que fala, mas o ventre dos injustos se alimenta de violência.
Quem vigia a própria boca conserva a vida; quem solta a língua caminha para a ruína.
O preguiçoso muito quer e nada tem, mas o trabalhador satisfaz o apetite.
O justo detesta a mentira, mas o injusto calunia e difama.
A justiça guarda o homem íntegro, mas o pecado arruína o injusto.
Muitos se fingem de ricos e nada têm; outros parecem pobres e possuem muitos bens.
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Este verso contrasta aparência e realidade na riqueza, tema recorrente na Bíblia (como em Lucas 12:16-21). A expressão 'se fazem de pobres' ecoa a ideia paulina de 'pobres, mas enriquecendo a muitos' (2coríntios6:10).
O rico paga resgate por sua vida, mas o pobre não sofre ameaças.
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A ideia de que riquezas podem 'resgatar' tem limite: Jesus alertou sobre a inutilidade de ganhar o mundo perdendo a alma (mateus16:26). O 'pobre não ouve ameaças' pode indicar que a pobreza o torna 'invisível' a certos perigos sociais.
A luz dos justos brilha, mas a lâmpada dos injustos se apaga.
A insolência só provoca brigas, mas a sabedoria acompanha os que se deixam aconselhar.
Riqueza conseguida de repente acaba diminuindo; quem ajunta pouco a pouco, se enriquece.
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Riqueza ilícita vs. trabalho honesto: tema também em Provérbios 10:4. O Novo Testamento reforça isso (tiago5:1-6 sobre riquezas injustas). Arqueologia confirma que economias antigas valorizavam a agricultura sustentável (contrastando com especulações).
Esperança que tarda deixa doente o coração; desejo que se realiza é árvore de vida.
Quem despreza o conselho se arruinará; quem respeita o mandamento será salvo.
O conselho do sábio é fonte de vida, para evitar os laços da morte.
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'Fonte de vida' prefigura o ensino de Jesus como água viva (joão4:14). A imagem de 'laços da morte' remete ao Salmo 18:4-5, mostrando coerência na simbologia bíblica.
Bom senso alcança favor, mas o caminho dos traidores conduz para a ruína.
O homem esperto age com conhecimento de causa, mas o insensato manifesta sua estupidez.
O mau mensageiro provoca desgraça, mas o mensageiro fiel traz a cura.
Miséria e vergonha para quem rejeita a correção; honra para quem observa a repreensão.
Desejo satisfeito é doçura para a alma, mas os insensatos detestam afastar-se do mal.
Quem caminha com os sábios se torna sábio; quem se junta com os insensatos torna-se mau.
A desgraça persegue os pecadores; a paz e o bem perseguem os justos.
A herança do bom permanece na sua família, mas a riqueza do pecador está reservada para o justo.
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Herança multigeracional era valor cultural israelita (Gênesis 15:3). A ideia de riqueza do ímpio passar ao justo aparece em Eclesiastes 2:26, mas gera debate: é princípio geral ou promessa individual?
A lavoura do pobre dá rico sustento, mas pode se perder por falta de justiça.
Quem poupa a vara, odeia o seu filho; mas aquele que o ama lhe aplica a correção.
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Polêmico pelo incentivo à disciplina física. A 'vara' (shebet) era símbolo de autoridade, não necessariamente violência. Efésios6:4 equilibra: 'criai-os na disciplina'. Manuscritos gregos (LXX) usam paideia (educação integral), suavizando a interpretação.
O justo come e se sacia, mas o ventre dos injustos passa necessidade.