Judite 3

Os habitantes do litoral enviaram mensageiros com proposta de paz, nestes termos: “Aqui estamos.
Somos servos do grande rei Nabucodonosor e nos prostramos diante de você: faça de nós o que quiser.
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O livro menciona Nabucodonosor como 'grande rei', mas historicamente ele foi rei da Babilônia, não da Assíria. Este erro geopolítico é uma contradição conhecida no livro de Judite, sugerindo que o autor talvez misturou contextos históricos.
Aqui estão à sua disposição nossos estábulos, nosso território, os campos de trigo, as ovelhas e os bois, e todos os nossos acampamentos. Sirva-se como achar melhor.
Nossas cidades e seus habitantes são seus escravos. Venha e trate-as como quiser”.
Então os mensageiros se apresentaram a Holofernes, e transmitiram a mensagem.
Holofernes desceu com seu exército para o litoral, deixou guarnições nas cidades fortificadas e recrutou homens escolhidos para servirem de tropas auxiliares.
Os habitantes das cidades e arredores o receberam com coroas, danças e tamborins.
Mas Holofernes destruiu os santuários deles, cortou suas árvores sagradas e exterminou todos os deuses da terra, para que todas as nações só adorassem a Nabucodonosor, e todas as tribos o invocassem como deus, cada uma na própria língua.
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A destruição de santuários locais e imposição do culto a Nabucodonosor como deus reflete uma prática comum de impérios antigos, mas não há registros históricos de que Nabucodonosor tenha exigido adoração divina. Isso pode ser uma licença literária para enfatizar o conflito entre idolatria e fé judaica.
Quando chegou à vista de Esdrelon, perto de Dotaia, aldeia que está diante da grande serra da Judeia,
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Esdrelon (Vale de Jezreel) e Dotaia (Dotã) são locais reais. Escavações arqueológicas confirmaram a existência de Dotã como cidade fortificada desde a Idade do Bronze, alinhando-se com a descrição do texto.
Holofernes acampou entre Geba e Citópolis, e aí ficou por um mês, recolhendo provisões para o exército.
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Geba (atual Jeba) e Citópolis (Bete-Seã/Scythopolis) são cidades comprovadas historicamente. Bete-Seã foi um importante centro urbano desde a era cananeia, corroborando a precisão geográfica do relato.