Jó 8
Baldad de Suás tomou a palavra e disse: 
“Até quando você vai falar dessa maneira? Suas palavras são como furacão. 
Mas, se você procurar Deus, se suplicar ao Todo-poderoso, 
e se conservar puro e reto, ele cuidará de você e o restaurará na sua legítima prosperidade. 
Consulte as gerações passadas e observe a experiência de nossos antepassados. 
Nós nascemos ontem e não sabemos nada. Nossos dias são como sombra no chão. 
Os nossos antepassados, no entanto, vão instruí-lo e falar a você com palavras tiradas da experiência deles. 
Por acaso, brota o papiro fora do pântano? Ou pode o junco crescer sem água? 
Ainda verde para ser colhido, ele seca antes de todas as ervas. 
A confiança do injusto é um fio frágil, e sua segurança é uma teia de aranha: 
se alguém nela se apoia, ela não aguenta; se alguém a ela se agarra, ela não o sustenta. 
Cheia de seiva ao sol, a árvore estende os ramos por todo o jardim, 
lança raízes entre as pedras e vive no meio das rochas, 
mas se for arrancada do seu lugar, este a renega, dizendo: ‘Nunca vi você’. 
Assim termina sua alegre história, e outras plantas brotam do mesmo chão. 
Ele encherá de novo sua boca de sorrisos e seus lábios com gritos de alegria. 
Seus inimigos ficarão cobertos de vergonha, e a tenda dos injustos desaparecerá”.