Jó 26

Então Jó respondeu:
“Como você sabe sustentar o fraco e socorrer um braço sem força!
Como você sabe aconselhar o ignorante e dar mostras de profundo conhecimento!
A quem você dirigiu a palavra? De onde vem a inspiração que sai de você?”
“Os mortos estremecem debaixo do mar e seus habitantes.
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A ideia de mortos tremendo debaixo das águas reflete a visão do Sheol (mundo dos mortos) na cosmovisão hebraica antiga, associado a profundezas aquáticas (ver jon2:2-6).
A morada dos mortos está nua aos olhos dele, e o reino da morte está sem véu.
Deus estendeu o céu sobre o vazio e suspendeu a terra sobre o nada.
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A descrição da Terra suspensa 'sobre o nada' é notável por antecipar conceitos científicos modernos. Na época, muitas culturas acreditavam em sustentação física (colunas/tartarugas). Paralelo em job38:4-6.
Ele prende as águas nas nuvens, sem que estas se rasguem com o peso.
Ele encobre a face da lua cheia, estendendo sua nuvem sobre ela.
Traçou um círculo sobre a superfície do mar, onde a luz faz fronteira com as trevas.
As colunas do céu se abalam, assustadas com a ameaça dele.
Com seu poder, ele acalmou o mar e, com sua destreza, domou Raab.
O seu sopro clareou os céus, e a sua mão transpassou a serpente fugitiva.
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A 'serpente enroscadiça' (hebraico 'nachash bariach') pode referir-se ao Leviatã (job41:1), símbolo do caos primordial, ou a constelações (Isaías 27:1). O Espírito criador ecoa gn1:2.
Tudo isso não é mais do que a margem de suas obras! Delas, nós só percebemos um eco frágil! Quem poderia compreender o estrondo do seu poder?”
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A afirmação de que só conhecemos 'as orlas' dos caminhos de Deus reforça o tema central de Jó: a limitação humana diante do divino. Comparar com job42:3.