Apocalipse 19

Depois disso, ouvi um forte barulho de uma grande multidão no céu, aclamando: “Aleluia! A salvação, a glória e o poder pertencem ao nosso Deus,
porque seus julgamentos são verdadeiros e justos. Sim! Deus julgou a grande Prostituta, que corrompeu a terra com a sua prostituição, e vingou nela o sangue dos seus servos.”
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A 'grande prostituta' (Babilônia simbólica) representa sistemas corruptos que se opõem a Deus. Interpretações variam: alguns veem Roma Imperial, outros poderes religiosos ou econômicos apóstatas (comparar com ap17-18).
A multidão continuou o canto: “Aleluia! Dela sobe a fumaça para sempre!”
Os vinte e quatro Anciãos e os quatro Seres vivos se ajoelharam diante do Deus que está sentado no trono, e disseram: “Amém! Aleluia!”
Nessa hora, saiu do trono uma voz convidando: “Louvem o nosso Deus, todos os seus servos, todos os que o temem, pequenos e grandes!”
Depois, ouvi o rumor de uma grande multidão. Parecia o estrondo de águas torrenciais e o ribombar de fortes trovões. A multidão aclamava: “Aleluia! O Senhor, o Deus Todo-poderoso passou a reinar.
Vamos ficar alegres e contentes, vamos dar glória a Deus, porque chegou o tempo do casamento do Cordeiro, e sua esposa já está pronta:
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As 'bodas do Cordeiro' simbolizam a união final de Cristo com sua Igreja. A imagem do casamento é usada desde o Antigo Testamento para descrever o relacionamento de Deus com seu povo (oséias 2:19-20).
concederam que ela se vestisse de linho puro e brilhante”, — pois o linho representa o comportamento justo dos santos.
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O 'linho fino' representa a justiça imputada por Cristo, não mérito humano. A ênfase na pureza contrasta com as vestes manchadas da prostituta (ap17:4).
Logo em seguida, o Anjo me disse: “Escreva: Felizes os convidados para o banquete do casamento do Cordeiro.” E disse ainda: “Estas são as verdadeiras palavras de Deus.”
Eu caí de joelhos para adorar o Anjo, mas ele me disse: “Não! Não faça isso! Eu sou um servo como você e como os seus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus. É a Deus que você deve adorar!” Com efeito, o espírito da profecia é o testemunho de Jesus.
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A recusa do anjo em ser adorado reforça a divindade exclusiva de Deus. O 'testemunho de Jesus é o espírito de profecia' indica que toda verdadeira profecia aponta para Cristo.
Vi, então, o céu aberto: apareceu um cavalo branco, e o seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e combate com justiça.
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O cavaleiro no cavalo branco é claramente identificado como Cristo (comparar com ap6:2 onde o primeiro selo traz um cavaleiro diferente). A descrição combina juiz e guerreiro divino (sl45:3-5).
Seus olhos são chama de fogo. Sobre sua cabeça há muitos diademas. E ele traz escrito um nome que ninguém conhece, a não ser ele mesmo.
Está vestido de um manto embebido em sangue, e é chamado pelo nome de Palavra de Deus.
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'A Palavra de Deus' (Logos) é título exclusivo de Cristo (jo1:1), afirmando sua divindade. A veste manchada de sangue antecipa o julgamento das nações.
Os exércitos do céu o acompanham montados em cavalos brancos, com roupas de linho branco e brilhante.
Da sua boca sai uma espada afiada para com ela ferir as nações. Ele é quem apascentará as nações com cetro de ferro. Ele é quem pisa o lagar do vinho do furor da ira de Deus, o Todo-poderoso.
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A 'vara de ferro' cumpre a profecia messiânica do sl2:9. O lagar de vinho da ira divina remete a is63:3-4, mostrando o julgamento como ato de vindicação.
No manto e na coxa ele tem um nome escrito: “Rei dos reis e Senhor dos senhores.”
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'Rei dos reis' era título usado por imperadores como Nabucodonosor (dn2:37) e Nabonido, mas aqui é reivindicado por Cristo como soberano universal.
Vi depois um Anjo em pé no sol. Ele gritou com voz forte a todas as aves que voavam no meio do céu: “Venham! Reúnam-se para o grande banquete de Deus,
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O banquete das aves ecoa eze39:17-20, mostrando a derrota total dos inimigos de Deus. A menção a 'reis e tribunos' pode refletir a hierarquia do Império Romano.
para comer carnes de reis, carnes de chefes militares, carnes de poderosos, carnes de cavalos e cavaleiros, carnes de todos os homens, livres e escravos, pequenos e grandes.”
Vi, então, a Besta reunida com os reis da terra e com seus exércitos, para guerrear contra o Cavaleiro e seu exército.
A Besta, porém, foi pega junto com o falso profeta, que operava maravilhas na presença da Besta. Foi assim que ela seduziu todos os que haviam recebido a marca da Besta e adorado sua imagem. Tanto a Besta como o falso profeta foram jogados vivos no lago de fogo, que ardia com enxofre.
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O 'lago de fogo' aparece pela primeira vez aqui, diferenciando-se do Sheol/Hades. O falso profeta lembra os milagres enganosos atribuídos a figuras históricas como Apolônio de Tiana.
Os outros foram mortos pela espada que saía da boca do Cavaleiro. E as aves se fartaram com as carnes deles.