2 Crônicas 11

De volta a Jerusalém, Roboão reuniu a casa de Judá e de Benjamim. Eram cento e oitenta mil guerreiros para lutar contra Israel e reconquistar o reino para Roboão.
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Roboão reúne um exército para tentar recuperar o reino do norte (Israel), que se separou após a morte de Salomão. Este evento é relatado paralelamente em 1reis12:21-24.
Então a palavra de Javé foi dirigida a Semeías, homem de Deus:
‘‘Diga a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a todo o Israel que está em Judá e Benjamim:
‘Assim diz Javé: Não subam para lutar contra seus irmãos. Volte cada um para sua casa, porque tudo o que aconteceu foi por minha decisão’ ”. Eles obedeceram à palavra de Javé, regressaram e desistiram de combater contra Jeroboão.
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A proibição divina de guerra entre os reinos irmãos cumpre a profecia de Ahias sobre a divisão do reino (1reis11:29-31). O texto reforça a ideia de que a divisão foi permitida por Deus como juízo pelo pecado de Salomão.
Roboão ficou morando em Jerusalém e começou a construir cidades fortificadas em Judá.
Restaurou Belém, Etam, Técua,
Betsur, Soco, Odolam,
Gat, Maresa, Zif,
Aduram, Laquis, Azeca,
Saraá, Aialon e Hebron. Eram cidades fortificadas em Judá e Benjamim.
Reforçou a defesa das cidades e colocou um comandante em cada uma, assim como depósitos de alimentos, azeite e vinho.
Todas as cidades tinham escudos e lanças; estavam perfeitamente armadas. E Roboão reinou sobre Judá e Benjamim.
Os sacerdotes e levitas que se achavam em todo o Israel deixavam seu território para unir-se a Roboão.
Os levitas abandonaram suas terras e propriedades e foram morar em Judá e Jerusalém, pois Jeroboão e seus filhos haviam proibido a eles de exercer o sacerdócio de Javé.
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Os levitas migram para o sul por serem expulsos por Jeroboão, que instituiu culto não autorizado com sacerdotes não levitas (1reis12:31). Isso explica a centralização religiosa em Jerusalém no reino de Judá.
Ele próprio nomeava sacerdotes para os lugares altos e para o culto dos sátiros e dos bezerros que ele fabricou.
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Jeroboão criou um sistema religioso alternativo com 'bezerros de ouro' (1reis12:28-33), considerado idolátrico pelos autores bíblicos. A menção a 'demônios' reflete a interpretação deuteronômica de que cultos não autorizados equivalem a culto demoníaco (dt32:17).
Em consequência disso, pessoas de todas as tribos de Israel que tinham vontade de procurar a Javé, o Deus de Israel, iam até Jerusalém para oferecer sacrifícios a Javé, Deus dos seus antepassados.
Essas pessoas reforçaram o reino de Judá e confirmaram Roboão, filho de Salomão. Isso durou três anos, tempo em que ele foi fiel ao caminho de Davi e Salomão.
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Os 3 anos de fidelidade contrastam com a posterior apostasia de Roboão (12:1). O texto mostra uma visão teológica: obediência traz estabilidade, desobediência traz crise.
Roboão casou-se com Maalat, filha de Jerimot, o qual era filho de Davi com Abigail, filha de Eliab, que era filho de Jessé.
Maalat deu a Roboão os seguintes filhos: Jeús, Somorias e Zoom.
Depois ele se casou com Maaca, filha de Absalão, a qual lhe gerou Abias, Etai, Ziza e Solomit.
Roboão gostava de Maaca, filha de Absalão, mais que de todas as outras suas mulheres e concubinas. Ele teve dezoito mulheres e sessenta concubinas, e gerou vinte e oito filhos e sessenta filhas.
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As 18 mulheres e 60 concubinas violam a advertência de dt17:17 sobre multiplicar esposas. A preferência por Maaca (neta de Absalão) sugere aliança política com famílias influentes.
Como chefe de todos eles, Roboão colocou Abias, filho de Maaca. Ele devia comandar seus irmãos porque estava destinado a ser rei.
Roboão foi esperto e distribuiu seus filhos por todas as regiões de Judá e Benjamim, especialmente nas cidades fortificadas, forneceu-lhes bastante alimento e arranjou esposas para eles.