Zacarias 9

Proclamação. A palavra de Javé está no país de Hadrac e repousa em Damasco. Porque a Javé pertence a pérola de Aram e todas as tribos de Israel;
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Hadraque (Hatarikka) era uma região síria próxima a Damasco. A profecia contra estas cidades reflete conflitos históricos do século VIII-VI a.C., quando assírios e babilônios dominaram a região.A menção às 'tribos de Israel' voltando-se ao Senhor pode indicar expectativas pós-exílio de restauração nacional.
Também Emat, sua vizinha, e Tiro e Sidônia, cuja sabedoria é grande.
Tiro construiu para si uma fortaleza e nela acumulou prata como pó e ouro, como lama das ruas.
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Tiro era famosa por seu comércio e riqueza, confirmado por registros históricos como os Anais de Assurbanipal (século VII a.C.). A profecia de sua destruição (v.4) cumpre-se parcialmente com o cerco de Alexandre Magno em 332 a.C.
O Senhor se apoderará dela, precipitará no mar sua força e ela será devorada pelo fogo.
Ascalon verá e ficará com medo, Gaza se contorcerá em grandes dores, como também Acaron, porque sua esperança ficará frustrada; desaparecerá o rei de Gaza e Ascalon não será mais habitada.
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As cidades filisteias (Gaza, Ascalom, Ecrom) foram conquistadas por Nabucodonosor (604 a.C.) e depois por Alexandre Magno (332 a.C.). A menção ao 'rei de Gaza' pode referir-se ao governador persa Batis, derrotado por Alexandre.
Um povo bastardo morará em Azoto, e abaterei o orgulho dos filisteus.
Tirarei de sua boca o sangue e de seus dentes suas abominações. Também ele se tornará um resto para nosso Deus, será como uma família em Judá e Acaron será semelhante ao jebuseu.
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A promessa de um 'governador em Judá' é interpretada como messiânica. A comparação com os jebuseus (habitantes originais de Jerusalém conquistados por Davi) sugere integração de povos no reino futuro.
Acamparei junto a minha casa, montando guarda contra quem vai e quem vem; lá não passará mais o opressor, porque agora eu mesmo vigio com meus próprios olhos.

O Messias, rei manso e pacífico.

Exulta de alegria, filha de Sião, rejubila, filha de Jerusalém! Vem a ti teu rei. Ele é justo e vitorioso. Humilde, está montado num jumento, num jumentinho, filho de jumenta.
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Cumprimento messiânico: Jesus entra em Jerusalém montado em jumento (Mateus 21:5; João 12:15). A combinação 'justo e Salvador' é única no AT, enfatizando a divindade de Cristo (o termo 'Salvador' é aplicado a Deus em Isaías 43:11).
Fará desaparecer os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém; o arco de guerra será quebrado, e ele proclamará a paz às nações. Seu domínio será de um mar a outro, e do rio aos confins da terra.
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A paz universal e domínio 'de mar a mar' ecoa Salmos 72:8. Cristologia: Paulo cumpriu esta visão ao mencionar Cristo como 'nossa paz' entre judeus e gentios (Efésios 2:14).

Israel será restabelecido.

Quanto a ti, por causa da aliança concluída contigo no sangue, libertarei teus prisioneiros da cisterna sem água.
Voltai à cidadela, prisioneiros da esperança! Eu vo-lo anuncio desde hoje: dupla recompensa vos darei.
Estendi Judá como meu arco, fiz de Efraim sua flecha; suscitarei teus filhos, Sião, contra teus filhos, Javã, eu te farei como a espada de um herói.
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Menção à Grécia é intrigante: Zacarias escreveu c.520-518 a.C., quando a Pérsia dominava. Alguns estudiosos sugerem atualização do texto no período helenístico (século III-II a.C.), refletindo conflitos macabeus.
Então Javé aparecerá sobre eles, como relâmpago partirão suas flechas; O Senhor Javé soará a trombeta e marchará entre os furacões do sul.
Javé dos exércitos os protegerá; eles devorarão e pisarão as pedras da funda; beberão seu sangue como vinho, estarão cheios de sangue como as bacias dos sacrifícios, como os chifres do altar.
Javé, seu Deus, naquele dia salvará como um rebanho seu povo; como pedras preciosas de uma coroa brilharão em sua terra.
Quanta bondade a sua e quanta beleza! O trigo dará vigor aos jovens, e o vinho novo, às moças.