Zacarias 2

Depois ergui os olhos e vi quatro chifres.
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A visão de um homem com um cordel de medir é paralela à visão de Ezequiel (ez40:3) e do Apocalipse (ap11:1), simbolizando planejamento divino para restauração.
Perguntei ao anjo que falava comigo: “Que significam?” Respondeu-me: “São os chifres que dispersaram Judá, Israel e Jerusalém”.
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Medir Jerusalém indica reconstrução pós-exílio. Contraste histórico: Neemias reconstruiu muros décadas depois (Neemias 2-6), sugerindo que aqui é uma promessa de proteção simbólica.
Depois Javé mostrou-me quatro ferreiros.
Perguntei: “O que eles vêm fazer?” Respondeu-me: “Os chifres dispersaram Judá a tal ponto que ninguém mais ousava erguer a cabeça. Mas estes vieram para atemorizar e abater os chifres das nações que se ergueram contra o país de Judá para dispersá-lo”.
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A ausência de muros profetiza expansão populacional. Arqueologia confirma crescimento de Jerusalém no período persa (séc. V a.C.).

Terceira visão: o agrimensor.

Levantei os olhos e tive uma visão: um homem que tinha na mão um cordel para medir.
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O 'muro de fogo' remete à coluna de fogo do Êxodo (ex13:21) e à Shekinah (presença gloriosa de Deus), reforçando proteção divina sobre estruturas físicas.
Perguntei-lhe: “Aonde vais?” Disse-me ele: “Vou medir Jerusalém para ver qual é sua largura e seu comprimento”.
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'Terra do norte' refere-se à Babilônia (atual Iraque). O Cilindro de Ciro (539 a.C.), artefato arqueológico, corrobora o decreto de retorno dos exilados (ed1:1-4).
O anjo que falava comigo saiu, e a seu encontrou veio outro anjo
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'Filha de Babilônia' é expressão poética para o império caldeu. A fuga alude ao êxodo do exílio, cumprido parcialmente em 538 a.C.
que lhe disse: “Corre, fala com aquele jovem e dize-lhe: Jerusalém ficará sem muros, por causa da multidão de homens e de animais que nela haverá.
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'Menina do olho' (pupila) aparece em dt32:10 e sl17:8 como símbolo de valor inestimável. A 'glória' mencionada pode ser uma referência à Shekinah ou ao Messias.
Eu serei para ela – oráculo de Javé – um muro de fogo a seu redor e serei sua glória no meio dela”.

Dois apelos aos exilados.

“Eia! Fugi do país do norte – oráculo de Javé – porque vos dispersei aos quatro ventos do céu – oráculo de Javé.
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'Habitarei no meio de ti' é interpretado cristologicamente como cumprido na encarnação (jo1:14). Judeus esperam realização plena na era messiânica.
Eia, Sião, salva-te, tu que habitas com a filha de Babilônia!
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Profecia universalista: cumprida na expansão cristã (mt28:19). Arqueologia mostra sinagogas da diáspora no séc. I d.C., facilitando esta disseminação.
Pois assim fala Javé dos exércitos, cuja glória me enviou às nações que vos despojaram: Quem vos tocar, toca a menina de meus olhos.
Eu estendo a mão sobre elas, e elas se tornarão presa de seus escravos, e sabereis que Javé dos exércitos me enviou.
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O silêncio diante de Deus ecoa hc2:20 e ap8:1, enfatizando reverência ante juízos divinos. Contexto: preparação para o 'Dia do Senhor'.
Canta e exulta, filha de Sião, porque eu venho morar no meio de ti – oráculo de Javé”.
Nações numerosas aderirão a Javé naquele dia e se tornarão seu povo, e ele morará no meio de ti; e tu saberás que Javé dos exércitos enviou-me a ti.
Javé terá Judá como sua herança na terra santa, e de novo escolherá Jerusalém.
Cale-se toda criatura diante de Javé, porque ele se levantou de sua santa morada”.