Eclesiástico 5

Não confies em tuas riquezas e não digas: “Tenho o bastante para viver”.
Não sigas o teu vigor, para te entregares às paixões do teu coração.
Não digas: “Quem me dominará?”, ou “Quem me fará prestar contas dos meus atos?” Porque o Senhor sem dúvida fará justiça.
Não digas: “Pequei, e o que me aconteceu de mal?”, porque o Senhor é paciente para retribuir.
Não estejas sem medo do pecado perdoado nem acrescentes pecado a pecado.
Não digas: “A misericórdia do Senhor é grande; ele me perdoará os muitos pecados”;
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Este verso reflete uma tensão teológica comum na Bíblia entre misericórdia e juízo divino. A ideia de que a compaixão de Deus não anula as consequências do pecado ecoa Êxodo 34:6-7 e Romanos 2:4-5. É um alerta contra a presunção religiosa.Como livro deuterocanônico, este ensino não é reconhecido por algumas denominações protestantes, gerando debates sobre sua autoridade.
porque sua misericórdia e sua ira chegam depressa, e sua ira se abate sobre os pecadores.
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A exortação contra a procrastinação espiritual aparece também em Provérbios 27:1 e Mateus 24:44. O conceito de 'dia do castigo' remete ao Dia do Senhor dos profetas (ex: Amós 5:18-20).A menção à conversão imediata reflete o contexto judaico pré-cristão, onde o arrependimento era vinculado às ações concretas, não apenas à intenção.
Não demores para converter-te ao Senhor e não o adies de um dia para outro,
pois sua ira virá de repente, e no tempo do castigo serás arrebatado.
Não confies em riquezas injustas, porque de nada valem no dia da desgraça.
Não joeires o trigo com qualquer vento e não andes por qualquer caminho, pois é assim que todo pecador se revela pela sua fala hipócrita.

Bom uso da língua.

Sê firme na tua convicção e na verdade de tua convicção e no conhecimento; e a palavra da paz e da justiça te acompanhará.
Sejas pronto para ouvir a palavra a fim de entendê-la, e com lentidão darás a resposta.
Se conheces o assunto, responde a teu próximo; se não, põe a mão sobre a boca, para não seres surpreendido numa palavra incorreta e ficares envergonhado.
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O alerta contra calúnias e linguagem enganosa encontra paralelos em Provérbios 10:18-19 e Tiago 1:26. A comparação com ladrões revela que a cultura judaica considerava a difamação tão grave quanto roubo.
No falar pode haver honra ou desonra; a língua do homem é a sua ruína.
Não te faças chamar de boateiro e não calunies com a língua;
porque a vergonha é para o ladrão, a má fama é para quem fala com hipocrisia e para o boateiro, o ódio, a inimizade e a injúria.