Eclesiástico 49

A lembrança de Josias é como uma mistura de aromas, preparada pela arte do perfumista.
Em todas as bocas sua lembrança é doce como o mel e como música num banquete com vinho.
Foi destinado por Deus para a reforma do povo e extirpou as abominações da impiedade.
Dirigiu seu coração para o Senhor e numa época de pecados robusteceu a religião.
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Josias, Ezequias e Davi são citados como exceções entre os reis de Judá por sua fidelidade. 2Rs 22-23 e 2Cr 29-32 relatam as reformas religiosas de Josias e Ezequias, contrastando com a maioria dos reis que abandonaram a Lei, levando ao exílio babilônico (2Rs 25:8-10).
Com exceção de Davi, Ezequias e Josias, todos os reis de Judá pecaram
porque abandonaram a lei do Altíssimo e desprezaram o temor de Deus.
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A destruição de Jerusalém pelos babilônios em 586 a.C. é descrita em 2Rs 25:8-10. Arqueólogos encontraram camadas de cinzas em escavações na Cidade de Davi, corroborando o evento.
Entregaram seu reino a outros e sua glória a uma nação estrangeira,
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Jeremias 1:5 relata a consagração do profeta desde o ventre. A frase 'arrancar e plantar' vem diretamente de Jr 1:10, mostrando sua missão dual de julgamento e restauração.
a qual incendiou a cidade eleita do santuário, tornando desertas suas ruas, segundo a palavra de Jeremias.
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A visão do carro de querubins está em Ez 1:4-28 e 10:1-22. Essa imagem complexa influenciou a tradição mística judaica (Merkabah).
Com efeito, a este maltrataram, embora tivesse sido consagrado profeta desde o seio materno para erradicar, destruir e arruinar, mas também para construir, plantar e renovar.

Ezequiel e os profetas menores.

Ezequiel contemplou uma visão da glória, que Deus lhe mostrou sobre o carro dos querubins.
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Os 'doze profetas' referem-se aos livros proféticos menores (Oséias a Malaquias), reunidos num único rolo na tradição judaica. A menção a 'ossos florescerem' pode aludir à esperança de ressurreição (Ez 37:1-14).
Pois recordou-se dos inimigos na tempestade e fez o bem aos que andavam no reto caminho.
Quanto aos doze profetas, que seus ossos tornem a brotar de seus sepulcros, pois fortaleceram Jacó e o resgataram com sua fé corajosa.
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Zorobabel e Josué reconstruíram o Segundo Templo em 515 a.C. (Ed 3:2, Ag 1:1). Zorobabel era neto do rei Joaquim (1Cr 3:17-19), ligando a restauração à linhagem davídica.

Outros personagens.

Como elogiar Zorobabel? Ele é como um sinete na mão direita;
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Neemias reconstruiu os muros em 445 a.C. (Ne 2-6). Arqueólogos encontraram muralhas dessa época em Jerusalém, com características persas.
assim também Josué, filho de Josedec. Em seus dias construíram a Casa e elevaram um santuário consagrado ao Senhor e destinado a uma glória eterna.
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Enoque foi arrebatado conforme Gn 5:24. O livro de Enoque (apócrifo) desenvolve essa tradição, mas não foi aceito no cânon hebraico.
Também a memória de Neemias durará muito tempo; ele reergueu nossas muralhas destruídas e assentou nelas portas e ferrolhos; e reedificou nossas casas.
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José do Egito (Gn 37-50) teve seus ossos transportados para Canaã conforme Ex 13:19. Arqueólogos encontraram túmulos monumentais em Siquém, possivelmente relacionados a essa tradição.
Ninguém sobre a terra foi criado igual a Henoc, pois ele foi arrebatado da terra.
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Sem foi ancestral dos hebreus (Gn 11:10-26), Set substituiu Abel (Gn 4:25). A exaltação de Adão reflete influências da literatura sapiencial pós-exílica.
Também não nasceu homem como José: chefe dos irmãos, baluarte de seu povo;
até seus ossos foram honrados e após a morte profetizaram.
Set e Sem foram glorificados entre os homens, mas acima de toda criatura vivente, na origem, está Adão.