Eclesiástico 36

Tende piedade de nós, Deus do universo, olhai para nós e mostrai-nos a luz de vossas misericórdias;
infundi vosso temor sobre as nações que não vos procuram, para que saibam que não há outro Deus senão vós e proclamem vossas maravilhas.
Levantai vossa mão contra as nações estrangeiras, para que vejam vosso poder.
Como a seus olhos mostrastes vossa santidade no meio de nós, assim a nossos olhos mostrai-vos grande entre elas,
para que reconheçam, como nós reconhecemos, que não há Deus além de vós, Senhor.
Renovai os sinais e fazei novos prodígios,
glorificai vossa mão e fortalecei vosso braço direito,
despertai vosso furor e derramai vossa ira,
destruí o adversário e aniquilai o inimigo.
Apressai o tempo e lembrai-vos de vosso desígnio, para que sejam proclamadas vossas maravilhas.
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O pedido para reunir as tribos de Jacó reflete o contexto pós-exílio babilônico (século VI a.C.), quando as 12 tribos estavam dispersas. A divisão entre Israel (Norte) e Judá (Sul) ocorreu após a morte de Salomão (1Reis 12), e a restauração era esperança messiânica (Ezequiel 37:15-28).
Que um fogo vingador devore quem procura escapar; os opressores de vosso povo encontrem a perdição.
Esmagai as cabeças dos chefes inimigos que dizem: “Não há ninguém fora de nós”.
Reuni todas as tribos de Jacó, restituí-lhes a herança como era no princípio.
Tende piedade de vosso povo que traz vosso nome e de Israel que tratastes como um primogênito.
Tende piedade de vossa cidade santa, de Jerusalém, lugar de vosso repouso.
Enchei Sião de vossa majestade, vosso templo, de vossa glória.
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A 'bênção de Aarão' citada aqui remete a Números 6:24-26, onde os sacerdotes abençoavam o povo. No período do Segundo Templo, essa bênção continuava central no culto judaico.
Dai testemunho em favor daqueles que desde o princípio são criaturas vossas e cumpri as profecias feitas em vosso nome.
Recompensai os que esperam em vós, para que sejam acreditados vossos profetas. E escutai as orações de vossos servos,
conforme a benevolência que tendes para com vosso povo, e conduzi-nos pelo caminho da justiça; saibam todos os que habitam a terra que vós sois o Deus dos séculos.

Escolha da esposa.

O ventre aceita todo tipo de comida, no entanto um alimento é preferível a outro;
O paladar distingue pelo sabor a caça, assim uma mente sensata distingue as palavras mentirosas.
Um coração perverso é causa de tristeza, mas uma pessoa experiente saberá retribuir-lhe.
A mulher aceita qualquer marido, mas uma jovem é melhor que uma outra.
A beleza de uma mulher alegra o rosto do marido e ultrapassa todo desejo do homem.
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A comparação da esposa com 'coluna de apoio' ecoa Gênesis 2:18, onde Eva é criada como auxiliadora. A visão reflete a cultura patriarcal da época, onde a mulher era vista como sustentadora doméstica.
Se, ademais, houver em sua língua cuidado, doçura e misericórdia, seu marido não é como os homens comuns.
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A analogia entre propriedade sem cerca e homem sem esposa revela valores sociais antigos: a mulher como estabilizadora do lar. Provérbios 25:28 usa imagem similar ('cidade sem muros') para falar de autocontrole.
Quem possui uma mulher virtuosa possui a melhor riqueza, um auxílio adequado a ele e uma coluna de apoio.
Onde não há cerca, a vinha é saqueada, onde não há mulher, o homem geme e vagueia.
Quem confia naquele que não tem um ninho e repousa onde a noite o surpreende, como um ladrão ágil que corre de cidade em cidade?