Eclesiástico 30

Quem ama seu filho usa com fre­quência a vara para alegrar-se com ele mais tarde.
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Este verso reflete práticas disciplinares antigas, como em provérbios 13:24. A correção física era culturalmente aceita, mas hoje é controversa. O texto não deve ser lido como endosso à violência, mas como ênfase na responsabilidade parental.
Quem educa seu filho terá vantagem com ele e dele poderá orgulhar-se com seus familiares.
Quem ensina seu filho deixará com inveja o inimigo e diante dos amigos poderá gloriar-se dele.
Se morre o pai, é como se não morresse, porque deixa depois de si um seu semelhante.
Durante a vida ele se alegrava ao vê-lo, no momento da morte não se afligiu nem ficou envergonhado diante dos inimigos,
pois deixou alguém que defende a casa contra os inimigos e retribui os benefícios dos amigos.
Quem mima um filho depois terá de enfaixar-lhe as feridas, e a cada gemido suas entranhas se comoverão.
Um cavalo não domado se torna obstinado; um filho deixado a si mesmo se torna atrevido.
Mima o filho, e ele te causará pavor, brinca com ele, e te dará desgostos.
Não rias com ele para que não sofras e no fim não te faça ranger os dentes.
Não lhe dês liberdade na juventude, não feches os olhos a seus erros.
Obriga-o a curvar o pescoço enquanto jovem e bate-lhe nas costas enquanto criança, para não suceder que fique teimoso e te desobedeça, e tu sintas uma dor profunda.
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A menção de bater nas costas do filho ecoa provérbios 23:13-14. A pedagogia antiga valorizava a correção rigorosa, contrastando com abordagens modernas. Arqueologia confirma que a disciplina severa era comum no Oriente Médio antigo.
Educa teu filho e cuida dele, para que não te aborreças com sua insolência.

A saúde.

É melhor um pobre sadio e forte do que um rico fraco e atribulado em seu físico.
A saúde do corpo vale mais que todo ouro e prata, e um ânimo robusto mais que uma imensa fortuna.
Não há riqueza melhor que a saúde do corpo nem contentamento superior à alegria do coração.
É melhor a morte que uma vida amarga, o repouso eterno que uma longa doença.
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A visão sobre morte como alívio aparece em job 3:20-22 e apocalipse 14:13. Reflete uma perspectiva pré-cristã onde o 'descanso eterno' não era associado à ressurreição, mas à cessação do sofrimento.
Manjares oferecidos a uma boca fechada: assim são as ofertas de iguarias postas à beira de um túmulo.
Para que serve ao ídolo a libação? Ele não come nem sente o cheiro;
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A crítica a ofertas a ídolos lembra salmos 115:4-7 e isaías 44:9-20. A comparação com o eunuco abraçando uma jovem (verso 20) simboliza frustração existencial, como em eclesiastes 1:2-3.
assim é aquele que é expulso pelo Senhor levando a paga da iniquidade;
observa com os olhos e geme, como um eunuco que abraça uma virgem e suspira.

Ansiedade e alegria.

Não entregues tua alma à tristeza, não te atormentes com teus pensamentos.
A alegria do coração é vida para o homem e um inesgotável tesouro de santidade. A alegria de um homem prolonga sua vida.
Sê indulgente para contigo e consola teu coração; expulsa para longe a tristeza.
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A relação entre emoções e saúde física é abordada em provérbios 14:30 e 17:22. Estudos modernos confirmam que estresse crônico afeta a longevidade, corroborando a observação empírica do autor.
Pois a tristeza já matou muita gente e nela não há nada de útil.
A inveja e a ira abreviam os dias, a preocupação antecipa a velhice.
Um coração luminoso e bom vive em festa, pois seus banquetes são preparados com capricho.