Eclesiástico 28

Quem quer vingar-se enfrentará a vingança do Senhor que exigirá rigorosas contas de seus pecados.
Perdoa ao próximo que te prejudicou e assim, ao rezares, teus pecados serão perdoados.
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O ensino sobre perdoar para ser perdoado ecoa Mateus 6:14-15. Essa reciprocidade é central na ética judaico-cristã.
Se alguém guarda raiva de um outro, como ousa pedir a Deus a cura?
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A ligação entre rancor e impedimento ao perdão divino reflete Tiago 5:16. O texto pressupõe que a reconciliação humana precede a cura espiritual.
Se não tem compaixão de seu semelhante, como pode pedir perdão por seus pecados?
Ele, que é apenas um mortal, guarda rancor e pede perdão a Deus? Quem lhe obterá o perdão dos pecados?
Lembra-te de teu fim e cessa de odiar;
pensa na corrupção e na morte e fica fiel aos mandamentos.
Lembra-te dos mandamentos e não tenhas rancor de teu próximo;
lembra-te da aliança com o Altíssimo e ignora a ofensa recebida.

Evitar as disputas.

Evita as disputas e diminuirás os pecados;
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A metáfora do fogo e da lenha aparece em Provérbios 15:18 e 29:22. A menção à riqueza influenciando a ira pode criticar abusos de poder nas elites da época.
porque um homem passional provoca disputa, e o pecador perturba os amigos e semeia a inimizade entre os que viviam em paz.
O fogo se alastra conforme a madeira da floresta; assim a ira da pessoa se inflama conforme seu poder, e em proporção a sua riqueza cresce sua cólera.
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A dualidade da língua (ferir ou apagar conflitos) é paralela a Tiago 3:5-6. O verso destaca o poder da palavra, tema comum na literatura sapiencial.
Uma contenda repentina acende o fogo, uma disputa violenta faz derramar sangue e a língua que dá testemunho causa a morte.
Se sopras sobre uma fagulha, ela se acende; se lhe cospes em cima, ela se apaga; ambas as coisas saem de tua boca.

A língua maldizente.

Maldito o delator e o homem de dupla linguagem, porque arruinou muitos que viviam em paz.
A língua maldizente perturbou a muitos e os expulsou de nação em nação;
destruiu as cidades fortificadas dos ricos e arrasou as casas dos grandes;
destruiu as forças dos povos e dispersou nações poderosas.
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A língua como mais mortífera que a espada repete Provérbios 12:18. Hipérbole comum para enfatizar o dano moral da calúnia.
A língua maldizente expulsou de casa mulheres excelentes, privando-as do fruto de seus trabalhos.
Quem lhe presta atenção não terá descanso, nem terá um amigo com quem repousar.
O golpe do chicote produz feridas, mas o golpe da língua quebra os ossos.
Muitos caíram pelo fio da espada, mas não tantos quantos pereceram por culpa de sua língua.
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A proteção aos fiéis lembra Daniel 3 (os jovens na fornalha), enquanto a menção ao leão e pantera alerta sobre consequências da infidelidade, como em 1Pedro 5:8.
Feliz quem dela está protegido e não passou por sua cólera; quem não atraiu seu jugo e não foi preso com suas correntes.
Pois seu jugo é um jugo de ferro, e suas correntes, correntes de bronze.
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Recomendações práticas sobre controle da fala ecoam Provérbios 21:23. O 'ferrolho' simboliza autocontrole diante de conflitos.
Terrível é a morte que ela provoca e, em comparação com ela, é preferível a mansão dos mortos.
Ela não tem poder sobre os justos, e estes não serão devorados por sua chama.
Os que abandonam a Deus lhe serão entregues, ela os consumirá sem extinguir-se. Ela se lançará contra eles como um leão, e como uma pantera os despedaçará.
Cerca teus ouvidos com espinhos, não dês atenção à língua perversa e põe em tua boca uma porta com ferrolhos.
Guarda com cuidado tua prata e teu ouro, faze uma balança para pesar tuas palavras e freios bem ajustados para tua boca.
Fica atento para não errar por causa da língua, para não suceder que caias diante dos inimigos que te armam ciladas e tua queda seja incurável e mortal.