Provérbios 5

Meu filho, presta atenção a minha sabedoria e presta ouvido a minha inteligência,
para que conserves a discrição e teus lábios guardem o conhecimento.
Pois destilam mel os lábios da estrangeira, e mais suave que o óleo é sua boca;
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A 'mulher estranha' representa relações imorais ou idolatria (common em Provérbios). A metáfora do mel seguido de amargura contrasta tentação e consequências. Referências similares: pv2:16-19; pv7:5-27.
mas o fim ao qual conduz é amargo como absinto, cortante como espada de dois gumes.
Seus pés descem para a morte, seus passos conduzem ao abismo.
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'Inferno' (sheol) é o lugar dos mortos na cosmovisão hebraica, não o inferno cristão. A ideia de 'passos impregnados do inferno' reforça a destruição inevitável. Veja pv7:27.
Não considera a vereda da vida; anda errante em seus caminhos e não se importa.
Agora, meus filhos, escutai-me e não vos afasteis das palavras de minha boca.
Mantém longe dela teu caminho e não te aproximes da porta de sua casa,
para não dares a outros tua honra e teus anos a um homem cruel;
para que não se saciem de teus bens os estranhos, e não acabem tuas fadigas na casa de um outro;
e tu não gemas quando vier teu fim, quando decaírem teu corpo e tua carne,
e digas: “Por que odiei a disciplina e meu coração desprezou a correção?
Não escutei a voz de meus mestres, não dei atenção a quem me instruía.
Por pouco não me achei no cúmulo dos males no meio da assembleia e da comunidade”.

Sê fiel a tua esposa.

Bebe água de tua cisterna e a que brota de teu poço,
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'Bebe água da tua fonte' é metáfora para fidelidade conjugal. Cisternas privadas eram essenciais na Palestina antiga — arqueologia confirma sua existência (ex: cisternas em Megido). Contrasta com a 'mulher estranha' dos versos 3-4.
para que tuas fontes não escorram para fora, e nas ruas teus riachos;
mas sejam para ti somente e não para estranhos junto contigo.
Seja bendita tua fonte; alegra-te com a mulher de tua juventude:
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Alegrar-se com 'a mulher da tua mocidade' enfatiza monogamia e amor duradouro. Mal2:14-15 também defende a fidelidade conjugal como aliança divina.
corça amável, gazela graciosa. Suas ternuras sempre te inebriem e por seu amor sejas sempre atraído!
Por que, meu filho, te apaixonar por uma estranha e abraçar o peito de uma desconhecida?
Porque os caminhos do homem estão diante dos olhos de Javé e ele observa todas as suas veredas.
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Deus observa todos os caminhos — tema da onisciência divina. Veja sl139:3; jó34:21; pv15:3.
Suas culpas aprisionam o ímpio; ele é capturado com os laços de seu pecado.
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Pecados como 'cordas' que prendem é imagem usada também em sl7:15-16. Paulo ecoa essa ideia em gl6:7-8 sobre colher o que se planta.
Morrerá por falta de disciplina e se perderá pelo excesso de sua loucura.