Provérbios 4

Escutai, ó filhos, a instrução de um pai e aplicai-vos a aprender o discernimento;
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A autoria salomônica é tradicional (pv1:1), mas críticos apontam: 1) Uso de expressões persas (século V a.C.) 2) Coletânea de provérbios (25:1) 3) Estilo variado. Defensores argumentam que Salomão compôs 3,000 provérbios (1rs4:32).
porque vos transmito uma boa doutrina; não abandoneis meu ensinamento.
Também eu fui um filho para meu pai, terno e predileto aos olhos de minha mãe.
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O autor se refere a si mesmo como filho de um pai (provavelmente Davi) e mãe (Betsabé), baseado em 1rs2:1-12. A menção à educação real reforça a tradição salomônica do livro.
Ele me instruía dizendo-me: “Teu coração retenha minhas palavras; guarda meus mandamentos e viverás.
Adquire a sabedoria, adquire a inteligência; não esqueças as palavras de minha boca e jamais delas te afastes.
Não a abandones e ela te guardará, ama-a e velará sobre ti.
O princípio da sabedoria é: adquire a sabedoria; em troca de tudo o que possuis, adquire a inteligência.
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A ênfase na sabedoria como 'coisa principal' ecoa pv3:13-18. Alguns veem aqui paralelos com o conceito de Logos em jo1:1, embora não seja uma referência direta à divindade de Cristo.
Estima-a, e ela te exaltará, será tua glória, se a abraçares.
Uma coroa de graça porá sobre tua cabeça, com um diadema de glória te cingirá”.

O caminho reto.

Escuta, meu filho, e acolhe minhas palavras e se multiplicarão os anos de tua vida.
Eu te indico o caminho da sabedoria; pelas veredas da retidão eu te guio.
Quando caminhares, não serão impedidos teus passos, e se correres, não tropeçarás.
Adere à disciplina, não a deixes; guarda-a, porque ela é tua vida.
Não sigas a estrada dos ímpios e não andes pelo caminho dos maus.
Evita-o, não passes por ele, fica longe e passa ao largo.
Pois eles não dormem se não fizeram o mal; perdem o sono se não fizeram alguém cair.
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A descrição vívida da insônia dos ímpios encontra paralelos em textos como sl36:4 e is57:20-21. A imagem reflete a concepção hebraica de que o mal é autodestrutivo.
Comem o pão da impiedade e bebem o vinho da violência.
Mas a estrada dos justos é como a luz da aurora, cujo esplendor aumenta até o meio-dia.
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A metáfora da luz progressiva influenciou textos como dan12:3 e 2pe1:19. Arqueologia confirma o uso de lamparinas de azeite como referência para entender esta imagem de luz crescente.
O caminho dos ímpios é como a escuridão: não sabem onde vão tropeçar.

Vigilância

Meu filho, fica atento ao que eu falo, presta ouvido a minhas palavras.
Não percas jamais de vista, guarda-as no fundo de teu coração;
porque elas são vida para quem as encontra e saúde para todo o teu corpo.
Desvia de ti a boca enganosa e afasta de ti os lábios maldizentes.
Que teus olhos olhem de frente e teu olhar se fixe no que está adiante.
Examina a estrada onde pões o pé e todos os teus caminhos sejam bem firmes.
Não te desvies nem para a direita e nem para a esquerda, mantém teu pé longe do mal.