Levítico 17

Javé disse a Moisés:
“Fala a Aarão, a seus filhos e a todos os israelitas e dize-lhes: É isto que ordena Javé:
Todo israelita que imolar um boi, uma ovelha, ou uma cabra, dentro ou fora do acampamento,
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A ordem de sacrificar apenas no tabernáculo visava centralizar o culto e evitar práticas pagãs. Contradiz Deuteronômio 12:15-16, que permite abater animais fora do santuário para alimentação. A discrepância pode refletir contextos históricos diferentes: Levítico enfatiza pureza ritual pós-Êxodo, enquanto Deuteronômio adapta regras para a vida em Canaã.
sem o apresentar à entrada da tenda da reunião, para o oferecer a Javé diante de seu tabernáculo, será culpado pelo sangue derramado; derramou sangue e será eliminado do meio de seu povo.
Assim os israelitas deverão trazer ao sacerdote, à entrada da tenda da reunião, para Javé, os animais que desejariam oferecer no campo e os oferecerão a Javé como sacrifícios de comunhão.
O sacerdote aspergirá o sangue sobre o altar de Javé, à entrada da tenda da reunião, e queimará a gordura em aroma agradável a Javé.
Não mais imolarão vítimas aos demônios* com os quais se prostituem. Isto será uma lei perpétua para eles e seus descendentes.
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A referência a 'demônios' (hebraico 'se'irim', lit. 'bodes') alude a divindades pagãs em forma de cabras, adoradas em rituais cananeus (Isaías 13:21; 34:14). A proibição revela o esforço para coibir sincretismo religioso durante o período no deserto.
Dize-lhes ainda: Todo israelita ou estrangeiro que habita no meio de vós, que deseja oferecer um holocausto ou um sacrifício,
sem apresentá-lo à entrada da tenda da reunião, para oferecê-lo a Javé, será exterminado do meio de seu povo.
Todo israelita ou estrangeiro, residente entre vós, que comer qualquer sangue, voltarei minha face contra esse que comeu sangue e o exterminarei do meio de seu povo.
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A proibição de comer sangue fundamenta-se na crença de que a vida está no sangue (Gênesis 9:4). O versículo 11 é crucial para a teologia sacrificial: o sangue como meio de expiação, posteriormente reinterpretado no Novo Testamento como símbolo do sacrifício de Cristo (Hebreus 9:22).
Porque a vida do ser vivo está no sangue, e eu vos dou o sangue sobre o altar, para fazer o rito de expiação por vossas vidas; pois o sangue, enquanto vida, expia.
Por isso eu disse aos israelitas: ‘Ninguém dentre vós comerá sangue, nem mesmo o estrangeiro que habita entre vós o comerá’.
Todo israelita ou estrangeiro, residente entre vós, que caçar algum animal ou ave que é permitido comer, derramará seu sangue e o cobrirá com terra.
Porque a vida de todo ser vivo é o sangue; em seu sangue está a vida. Por isso, eu disse aos israelitas: ‘Não comereis o sangue de nenhuma criatura’, pois a vida de toda criatura é seu sangue; e quem o comer será exterminado.
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A repetição da proibição do sangue (já mencionada em Levítico 7:26-27) mostra sua importância. Arqueologia comprova que outros povos antigos, como fenícios e mesopotâmios, também tinham tabus similares sobre consumo de sangue, indicando um contexto cultural compartilhado.
Todo nativo ou estrangeiro que comer um animal morto ou dilacerado deverá lavar suas vestes e banhar-se em água; ficará impuro até a tarde, depois será puro.
Mas, se não lavar as vestes e não se banhar, levará o peso de sua falta”.