Êxodo 24

Depois disse a Moisés: “Sobe a Javé tu, Aarão, Nadab, Abiú e setenta dos anciãos de Israel, e adorai de longe.
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Nadabe e Abiú são filhos de Arão (Êxodo 6:23). Mais tarde, morrerão por oferecer 'fogo estranho' ao Senhor (Levítico 10:1-2). Os 70 anciãos representam a estrutura de liderança de Israel, número que se tornou padrão (Números 11:16).
Somente Moisés se aproximará de Javé, mas os outros não se aproximarão, nem o povo subirá com ele”.
Moisés veio e referiu ao povo todas as palavras de Javé e todas as suas leis. E o povo inteiro, a uma voz, respondeu: “Faremos tudo o que Javé disse”.
Moisés escreveu todas as palavras de Javé. No dia seguinte, levantando-se cedo, ergueu um altar ao pé da montanha e doze colunas sagradas, conforme as doze tribos de Israel.
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Moisés escrevendo as palavras antecipa a entrega das tábuas divinas (Êxodo 31:18). Os 12 monumentos correspondem às tribos, prática simbólica que encontra paralelos arqueológicos em santuários antigos com marcos tribais.
Mandou alguns jovens dentre os israelitas oferecer holocaustos e imolar a Javé novilhos como sacrifícios pacíficos.
Então Moisés tomou metade do sangue, colocou-o em bacias e derramou a outra metade sobre o altar.
Tomou o livro da aliança e o leu ao povo, o qual exclamou: “Tudo o que Javé falou nós o faremos e obedeceremos”.
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O 'livro da aliança' provavelmente se refere aos mandamentos de Êxodo 20-23. A cerimônia de ratificação com sangue ecoa rituais de pactos antigos, como em Gênesis 15:9-18.
Então Moisés tomou do sangue, aspergiu com ele o povo e disse: “Este é o sangue da aliança que Javé fez convosco por meio de todas essas palavras”.
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O sangue como selo da aliança prefigura o Novo Testamento (Hebreus 9:19-20). A prática tinha paralelos em tratados hititas, onde o sangue simbolizava consequências da quebra do pacto.
A seguir Moisés subiu com Aarão, Nadab, Abiú e setenta dos anciãos de Israel.
Eles viram o Deus de Israel: debaixo de seus pés havia como um pavimento de safira, límpida como o próprio céu.
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Ver a Deus contradiz Êxodo 33:20 ('homem não me verá e viverá'). Possíveis explicações: 1) Viram uma manifestação parcial (como em Ezequiel 1:26); 2) A tradição editorial combina fontes (Javista e Eloísta) com perspectivas teológicas diferentes.
Ele não estendeu a mão contra aqueles privilegiados de entre os israelitas; eles viram a Deus e depois comeram e beberam.
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Comer e beber após a teofania sugere comunhão ritual, similar a Gênesis 31:54. O não castigo imediato contrasta com o episódio do bezerro de ouro (Êxodo 32:19-28).

Moisés na montanha; as duas tábuas de pedra.

Javé disse a Moisés: “Sobe até mim lá na montanha e fica lá, pois eu te darei as tábuas de pedra com a lei e os mandamentos que escrevi para instrução deles”.
Moisés levantou-se com Josué, seu ajudante, e Moisés subiu à montanha de Deus.
Falou aos anciãos: “Permanecei aqui até que voltemos a vós. Aarão e Hur ficam convosco; quem tiver alguma questão recorra a eles”.
Subiu, pois, Moisés à montanha, e a nuvem cobriu a montanha.
A glória de Javé pousou sobre o monte Sinai, e a nuvem cobriu-o durante seis dias; no sétimo dia ele chamou Moisés do meio da nuvem.
O aspecto da glória de Javé era aos olhos dos israelitas como um fogo devorador no alto da montanha.
Moisés penetrou no meio da nuvem, subiu ao monte e lá permaneceu durante quarenta dias e quarenta noites.