1 João 1

O que era desde o começo, o que nós ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos e o que nossas mãos tocaram do Verbo da vida –
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O verso enfatiza a experiência física dos apóstolos com Jesus (tocar, ver), combatendo heresias docéticas do século I que negavam a encarnação. Refuta ideias gnósticas que consideravam a matéria como má.
pois a Vida se manifestou, nós a vimos, dela damos testemunho e vos anunciamos esta Vida eterna, que estava diante do Pai e nos apareceu –
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A 'vida manifestada' reforça a divindade de Cristo. A expressão 'estava com o Pai' ecoa João 1:1-2, afirmando a pré-existência de Jesus. Críticos questionam se o autor original testemunhou pessoalmente esses eventos.
o que vimos e ouvimos, nós vo-lo anunciamos, a fim de que também vós estejais em comunhão conosco. E nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.
Tudo isto vos escrevi para que nossa alegria seja completa.

Deus é luz.

Esta é a mensagem que dele ouvimos e que vos anunciamos: Deus é luz e nele não há trevas.
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A metáfora 'Deus é luz' contrasta com práticas pagãs de cultos de mistérios que usavam simbolismo de luz/trevas. Paralelos com João 1:4-5 e 8:12. Alguns manuscritos antigos trazem 'Deus é amor' (1Jo 4:8), mas 'luz' é consenso.
Se dissermos que estamos em comunhão com ele e caminhamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.
Mas se caminhamos na luz, como ele próprio está na luz, estamos em comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
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O sangue purificador de Jesus é polêmico: alguns veem aqui substituição penal, outros eficácia simbólica. Arqueologia comprovou práticas de sacrifícios judaicos no Segundo Templo, contextualizando a analogia.
Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.
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Verso contradiz movimentos cristãos que pregam perfeccionismo moral. O ceticismo histórico questiona se João combatia gnósticos (século II) ou grupos anteriores. Papiros do século III confirmam a integridade textual.
Se reconhecermos nossos pecados, ele, que é fiel e justo, perdoará nossos pecados e nos purificará de toda iniquidade.
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A confissão como requisito para perdão gerou debates sobre sacramentalismo. Comparar com Salmos 32:5. Manuscritos ocidentais omitem 'justo', mas a maioria inclui.
Se dissermos que não temos pecado, fazemos dele um mentiroso, e sua palavra não está em nós.