Zacarias 5

Levantando os olhos, olhei e vi um rolo manuscrito que voava.
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O 'rolo volante' simboliza uma maldição divina contra pecados específicos. Rolos como instrumentos de juízo também aparecem em Ezequiel 2:9-10 e Apocalipse 5:1.
(O anjo) disse-me: “Que vês?”. “Um rolo que voa” – respondi – “o qual tem vinte côvados de comprimento por dez de largura.”
Ele disse-me: “Isto é a Maldição que se espalha sobre toda a terra. Todo ladrão será expulso por ela, e todo perjuro será lançado fora por ela.
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Os pecados citados (furto e falso juramento) remetem aos Dez Mandamentos (Êxodo 20:15-16). A maldição 'pela face de toda a terra' reflete a gravidade dessas ofensas na aliança com Deus.
Eu a deixarei espalhar-se por toda a parte – oráculo do Senhor – e ela forçará a casa do ladrão e a do perjuro; ela se alojará na casa de cada um deles e a aniquilará com a sua madeira e as suas pedras”.
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A menção à casa sendo consumida 'com madeira e pedras' lembra o juízo sobre Acã (Josué 7), que trouxe consequências coletivas por desobedecer às leis divinas.
O anjo porta-voz aproximou-se e disse-me: “Levanta os teus olhos e vê o que vem lá!”.
Eu disse: “O que é?”. Ele respondeu: “É um efá que aparece” – e acrescentou –: “É a iniquidade deles por toda a terra”.
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O 'efa' era uma medida para grãos, mas aqui representa injustiça econômica. Profetas como Amós 8:5 denunciavam o uso de medidas adulteradas para explorar os pobres.
Eis que foi levantada a tampa de chumbo, e vi uma mulher instalada no efá.
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A mulher no efa simboliza a impiedade personificada. O peso de chumbo selando o recipiente sugere o confinamento do mal, possivelmente aludindo ao exílio babilônico como consequência do pecado.
“Esta mulher” – disse ele – “é a Iniquidade!” Prendeu-a no efá e tapou a boca do efá com o disco de chumbo.
Então, levantei os olhos e olhei: apareceram duas mulheres, e o vento soprava em suas asas. Tinham asas como de cegonha e levantaram o efá entre o céu e a terra.
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As mulheres com asas de cegonha (ave impura segundo Levítico 11:19) agem como agentes do juízo. Sinar (Babilônia) era associado à idolatria desde Gênesis 11 (Torre de Babel), indicando que a impiedade seria devolvida à sua origem.
Perguntei então ao porta-voz: “Aonde vão elas com o efá?”.
Ele respondeu-me: “Vão construir-lhe uma casa na terra de Senaar, estabelecê-la ali e fixá-la no seu lugar”.
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A 'casa na terra de Sinar' pode representar a restauração do culto pagão na Babilônia, contrastando com a reconstrução do Templo em Jerusalém. Isso reforça a separação entre o povo de Deus e as práticas idólatras.