Salmos 93

Senhor, Deus justiceiro, Deus das vinganças, aparecei em vosso esplendor.
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A afirmação 'o Senhor reina' ecoa a soberania divina, tema central em textos como êxodo15:18 e apocalipse19:6. A imagem do mundo 'firmado' remete à criação em gênesis1:1-10.
Levantai-vos, juiz da terra, castigai os soberbos como eles merecem.
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A eternidade do trono divino é contrastada com reinos humanos temporários. Daniel7:14 descreve o domínio eterno do Filho do Homem, interpretado como messiânico, cumprido em cristo conforme lucas1:33.
Até quando, Senhor, triunfarão os ímpios?
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A metáfora das águas turbulentas representa forças do caos na cosmovisão do Antigo Oriente Médio (ver salmos46:3-4). Arqueologia comprova que mitos como o Enuma Elish babilônico descreviam batalhas cósmicas entre deuses e o caos aquático - aqui, porém, Javé domina sem conflito.
Até quando se desmandarão em discursos arrogantes, e jactanciosos estarão esses obreiros do mal?
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O contraste entre o poder divino e a fúria das águas aparece também em salmos29:10 e jonas1:4-16. A imagem reforça a supremacia de Deus sobre fenômenos naturais temidos na antiguidade.
Eles esmagam vosso povo, Senhor, e oprimem vossa herança.
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A 'santidade' do templo relaciona-se à presença divina (êxodo26:33-34). A menção a 'testemunhos fiéis' pode aludir à Torá, cuja autoridade é tema em salmos19:7-9 e 119:86.
Trucidam a viúva e o estrangeiro, tiram a vida aos órfãos.
E dizem: “O Senhor não vê, o Deus de Jacó não presta atenção nisso!”.
Tratai de compreender, ó gente estulta. Insensatos, quando cobrareis juízo?
Pois não ouvirá quem fez o ouvido? O que formou o olho não verá?
Aquele que dá lições aos povos não há de punir, ele que ensina ao homem o saber...
O Senhor conhece os pensamentos dos homens, e sabe que são vãos.
Feliz o homem a quem ensinais, Senhor, e instruís em vossa Lei,
para lhe dar a paz no dia do infortúnio, enquanto uma cova se abre para o ímpio,
porque o Senhor não rejeitará o seu povo, e não há de abandonar a sua herança.
Mas o julgamento com justiça se fará, e o seguirão os retos de coração.
Quem se erguerá por mim contra os malfeitores? Quem será meu defensor contra os artesãos do mal?
Se o Senhor não me socorresse, em breve a minha alma habitaria a região do silêncio.
Quando penso: “Vacilam-me os pés”, sustenta-me, Senhor, a vossa graça.
Quando em meu coração se multiplicam as angústias, vossas consolações alegram a minha alma.
Acaso poderá aliar-se a vós um tribunal iníquo, que pratica vexames sob a aparência de lei?
Atentam contra a alma do justo, e condenam o sangue inocente.
Mas o Senhor certamente será o meu refúgio, e meu Deus o rochedo em que me abrigo.
Ele fará recair sobre eles suas próprias maldades, ele os fará perecer por sua própria malícia. O Senhor, nosso Deus, os destruirá.