Salmos 8

Ao mestre de canto. Com a gitiena. Salmo de Davi.
Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra! Vossa majestade se estende, triunfante, por cima de todos os céus.
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Este verso é citado por Jesus em mateus21:16, onde ele defende as crianças que o louvam no templo. O contexto original reflete a ideia de que Deus usa os mais fracos (crianças) para confundir os poderosos (inimigos), algo contracultural numa sociedade que valorizava força militar.
Da boca das crianças e dos pequeninos sai um louvor que confunde vossos adversários, e reduz ao silêncio vossos inimigos.
Quando contemplo o firmamento, obra de vossos dedos, a lua e as estrelas que lá fixastes:
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A pergunta 'que é o homem...' é retomada em hebreus2:6-8 aplicada a Cristo. A expressão 'filho do homem' aqui se refere à humanidade em geral, mas ganhou interpretação messiânica no Novo Testamento como título de Jesus (daniel7:13-14).
‘‘Que é o homem – digo-me então –, para pensardes nele? Que são os filhos de Adão, para que vos ocupeis com eles?
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A tradução 'anjos' vem da Septuaginta (texto grego), enquanto o hebraico original diz 'Elohim' (que pode significar 'Deus' ou 'seres divinos'). Essa divergência gerou debates: judeus veem aqui a superioridade humana sobre a criação, enquanto cristãos usam hebreus2:7 para falar da humilhação temporária de Cristo.
Entretanto, vós o fizestes quase igual aos anjos, de glória e honra o coroastes.
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O domínio sobre a criação remete a gênesis1:26-28. Arqueologicamente, o conceito de 'governo humano' combina com tradições do antigo Oriente Médio, como o Enuma Elish babilônico, onde humanos são criados para servir aos deuses - aqui invertido para dignidade humana.
Destes-lhe poder sobre as obras de vossas mãos, vós lhe submetestes todo o universo.
Rebanhos e gados, e até os animais bravios,
pássaros do céu e peixes do mar, tudo o que se move nas águas do oceano”.
Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra!