Salmos 76
Ao mestre de canto, segundo Iditun. Salmo de Asaf. 
No dia de angústia procuro o Senhor. De noite minhas mãos se levantam para ele sem descanso; e, contudo, minha alma recusa toda consolação. 
Faz-me gemer a lembrança de Deus; na minha meditação, sinto o espírito desfalecer. 
Vós me conservais os olhos abertos, estou perturbado, falta-me a palavra. 
“Porventura Deus nos rejeitará para sempre? Não mais há de nos ser propício? 
E concluo, então: “O que me faz sofrer é que a destra do Altíssimo não é mais a mesma...”. 
Reflito em todas vossas obras, e em vossos prodígios eu medito. 
Ó Deus, santo é o vosso proceder. Que deus há tão grande quanto o nosso Deus? 
Vós sois o Deus dos prodígios, vosso poder manifestastes entre os povos. 
Com o poder de vosso braço resgatastes vosso povo, os filhos de Jacó e de José. 
As águas vos viram, Senhor, as águas vos viram; elas tremeram e as vagas se puseram em movimento. 
Em torrentes de água as nuvens se tornaram, elas fizeram ouvir a sua voz, de todos os lados fuzilaram vossas flechas. 
Na procela ressoaram os vossos trovões, os relâmpagos iluminaram o globo; abalou-se com o choque e tremeu a terra toda. 
Vós vos abristes um caminho pelo mar, uma senda no meio das muitas águas, permanecendo invisíveis vossos passos. 
Como um rebanho conduzistes vosso povo, pelas mãos de Moisés e de Aarão.