Salmos 32

Exultai no Senhor, ó justos, pois aos retos convém o louvor.
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Este verso é citado em Romanos 4:7-8 para fundamentar a doutrina da justificação pela fé, não por obras. A ideia de pecados 'cobertos' aponta para o perdão messiânico cumprido em Cristo (Cl 2:13-14).
Celebrai o Senhor com a cítara, entoai-lhe hinos na harpa de dez cordas.
Cantai-lhe um cântico novo, acompanhado de instrumentos de música,
porque a palavra do Senhor é reta, em todas as suas obras resplandece a fidelidade:
ele ama a justiça e o direito, da bondade do Senhor está cheia a terra.
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A confissão como caminho para o perdão influenciou diretamente 1 João 1:9. O 'Selá' (termo musical) indica pausa para reflexão, comum em Salmos.
Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e pelo sopro de sua boca todo o seu exército.
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A expressão 'transbordar de muitas águas' tem variações em manuscritos: a LXX traduz como 'grande tempestade', enquanto o Texto Massorético mantém 'muitas águas'. Arqueologia comprovou inundações sazonais em Israel, dando base à metáfora.
Ele junta as águas do mar como num cantil, e em reservatórios encerra as ondas.
Tema ao Senhor toda a terra; reverenciem-no todos os habitantes do globo.
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A mudança de voz (Deus falando diretamente) levou alguns críticos a sugerirem adições editoriais tardias. A tradição atribui a Davi, mas estudiosos apontam estilo próximo da literatura sapiencial (Provérbios 16:9).
Porque ele disse e tudo foi feito, ele ordenou e tudo existiu.
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A comparação com animais teimosos reflete costumes de criação no antigo Oriente Médio. Freios arqueológicos achados em Megido mostram o controle necessário sobre esses animais, reforçando a metáfora.
O Senhor desfaz os planos das nações pagãs, reduz a nada os projetos dos povos.
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'Misericórdia o cercará' usa o termo hebraico 'hesed' (amor leal da aliança), diferente de mera compaixão. Contrasta com achados históricos sobre punições a ímpios em textos como o Código de Hamurábi.
Só os desígnios do Senhor permanecem eternamente e os pensamentos de seu coração por todas as gerações.
Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus, e o povo que ele escolheu para sua herança.
O Senhor olha do céu, vê todos os filhos dos homens.
Do alto de sua morada observa todos os habitantes da terra;
ele, que formou o coração de cada um, está atento a cada uma de suas ações.
Não vence o rei pelo numeroso exército, nem se livra o guerreiro pela grande força.
O cavalo não é penhor de vitória, nem salva pela sua resistência.
Eis os olhos do Senhor pousados sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua bondade,
a fim de livrar-lhes a alma da morte e nutri-los no tempo da fome.
Nossa alma espera no Senhor, porque ele é nosso amparo e nosso escudo.
Nele, pois, se alegra o nosso coração, em seu santo nome confiamos.
Seja-nos manifestada, Senhor, a vossa misericórdia, como a esperamos de vós.