Salmos 100

Salmo de Davi. Cantarei a bondade e a justiça. A vós, Senhor, salmodiarei.
Pelo caminho reto quero seguir. Oh, quando vireis a mim? Caminharei na inocência de coração, no seio de minha família.
Não proporei ante meus olhos nenhum pensamento culpável. Terei horror àquele que pratica o mal, não será ele meu amigo.
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A frase "não nós a nós mesmos" tem variações em manuscritos. A Septuaginta (tradução grega do século III a.C.) diz "e somos dele", enquanto o Texto Massorético (século X d.C.) mantém a versão atual. A diferença pode refletir ênfases teológicas distintas: criação divina (mais provável) versus autoexistência humana.
Estará sempre longe de mim o coração perverso, não quero conhecer o mal.
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A menção a "portas" e "átrios" refere-se ao Templo de Jerusalém, corroborado por descobertas arqueológicas como o Muro das Lamentações (vestígio do complexo do Segundo Templo). O verso reflete práticas litúrgicas do período pós-exílio (após 538 a.C.).
Exterminarei o que em segredo caluniar seu próximo. Não suportarei homem arrogante e de coração vaidoso.
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A expressão "eterna a sua misericórdia" é um refrão comum nos Salmos (sl106:1, sl107:1). A referência à "verdade" (hebraico: emuná) aqui pode ser traduzida como "fidelidade", reforçando a aliança divina com Israel.
Meus olhos se voltarão para os fiéis da terra, para fazê-los habitar comigo. Será meu servo o homem que segue o caminho reto.
O fraudulento não há de morar jamais em minha casa. Não subsistirá o mentiroso ante meus olhos.
Todos os dias extirparei da terra os ímpios, banindo da cidade do Senhor os que praticam o mal.