Provérbios 25
A altura do céu, a profundeza da terra são impenetráveis, bem como o coração dos reis. 
Tira as escórias da prata e terás um vaso para o ourives; 
afasta o mau da presença do rei e seu trono se firmará na justiça. 
É melhor que te digam: “Sobe aqui!”, do que seres humilhado diante de um personagem. O que teus olhos viram, 
não o descubras com precipitação numa contenda, pois, no final das contas, que farás tu quando o outro te houver confundido? 
Trata teu negócio com teu próximo de maneira a não revelar o segredo de outro, 
para que não sejas repreendido por aquele que o ouviu nem incorras em descrédito irreparável. 
Maçãs de ouro sobre prata gravada: tais são as palavras oportunas. 
Anel de ouro, joia de ouro fino: tal é o sábio que admoesta um ouvido atento. 
Frescor de neve no tempo da colheita, tal é um mensageiro fiel para quem o envia: ele restaura a alma de seu senhor. 
Nuvens e vento sem chuva: tal é o homem que se gaba falsamente de dar. 
Pela paciência o juiz se deixa aplacar: a língua que fala com brandura pode quebrantar ossos. 
Achaste mel? Come o que for suficiente: se comeres demais, tu o vomitarás. 
Põe raramente o pé na casa do vizinho: enfastiado de ti, ele te viria a aborrecer. 
Clava, espada, flecha penetrante: tal é o que usa de falso testemunho contra seu próximo. 
Dente arruinado, pé que resvala: tal é a confiança de um pérfido no dia da desventura. 
Tirar a capa num dia de frio, derramar vinagre numa ferida: isso faz aquele que canta canções a um coração atribulado. 
Água fresca para uma garganta sedenta: tal é uma boa-nova vinda de terra longínqua. 
Fonte turva e manancial contaminado: tal é o justo que cede diante do ímpio. 
Comer mel em demasia não é bom: usa de moderação nas palavras elogiosas.