Provérbios 15

Uma resposta branda aplaca o furor, uma palavra dura excita a cólera.
A língua dos sábios ornamenta a ciência, a boca dos imbecis transborda loucura.
Em todo o lugar estão os olhos do Senhor, observando os maus e os bons.
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A ideia de que Deus vê tudo (onipresença) é comum na Bíblia. Comparar com jeremias23:24 (Deus enche céus e terra) e hebreus4:13 (nada está oculto).
A língua sã é uma árvore de vida; a língua perversa corta o coração.
O néscio desdenha a instrução de seu pai, mas o que atende à repreensão torna-se sábio.
Na casa do justo há riqueza abundante, mas perturbação nos frutos dos maus.
Os lábios do sábio destilam saber, e não assim é o coração dos insensatos.
Os sacrifícios dos pérfidos são abominação para o Senhor, a oração dos homens retos lhe é agradável.
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A rejeição de sacrifícios sem integridade moral ecoa em isaías1:13 e amós5:21-24. Jesus reforçou isso em mateus5:23-24, priorizando reconciliação sobre rituais.
O Senhor abomina o caminho do mau, mas ama o que se prende à justiça.
Severa é a correção para o que se afasta do caminho, e o que aborrece a repreensão perecerá.
A habitação dos mortos e o abismo estão abertos diante do Senhor; quanto mais os corações dos filhos dos homens!
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'Inferno' (sheol) e 'perdição' (abaddon) são termos poéticos para o lugar dos mortos, não equivalentes ao conceito cristão posterior. Abaddon aparece como personificação em apocalipse9:11.
O zombador não gosta de quem o repreende, nem vai em busca dos sábios.
O coração contente alegra o semblante; o coração triste deprime o espírito.
O coração do inteligente procura a ciência; a boca dos tolos sacia-se de loucuras.
Para o aflito todos os dias são maus; para um coração contente, são um perpétuo festim.
Vale mais o pouco com o temor do Senhor que um grande tesouro com a inquietação.
Mais vale um prato de legume com amizade que um boi cevado com ódio.
O homem iracundo excita questões, mas o paciente apazigua as disputas.
O caminho do preguiçoso é como uma sebe de espinhos, o caminho dos corretos é sem tropeço.
O filho sábio alegra seu pai; o insensato despreza sua mãe.
A loucura diverte o insensato, mas o homem inteligente segue o caminho reto.
Os projetos malogram por falta de deliberação; conseguem bom êxito com muitos conselheiros.
Saber dar uma resposta é fonte de alegria; como é agradável uma palavra oportuna!
O sábio escala o caminho da vida, para evitar a descida à morada dos mortos.
O Senhor destrói a casa dos soberbos, mas firma os limites da viúva.
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A proteção divina às viúvas é tema recorrente (salmos68:5, tiago1:27). A condenação dos soberbos aparece explicitamente em tiago4:6 e 1pedro5:5.
Os projetos dos pérfidos são abomináveis ao Senhor, mas as palavras benevolentes são puras.
O homem cobiçoso perturba a sua casa, aquele que odeia os subornos viverá.
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A condenação à avareza e suborno: êxodo23:8 e eclesiastes7:7. A expressão 'odeia presentes' varia em traduções – algumas usam 'subornos' (como na NVI), refletindo melhor o contexto de corrupção.
O coração do justo estuda a sua resposta; a boca dos maus, porém, vomita o mal.
O Senhor está longe dos maus, mas atende à oração dos justos.
O brilho dos olhos alegra o coração; uma boa notícia fortifica os ossos.
Quem der atenção às repreensões salutares habitará entre os sábios.
O que rejeita a correção faz pouco caso de sua vida; quem ouve a repreensão adquire sabedoria.
O temor do Senhor é uma escola de sabedoria. A humildade precede a glória.
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A conexão entre humildade e honra reaparece em provérbios18:12 e mateus23:12. A 'instrução da sabedoria' liga-se ao tema central do livro (provérbios1:7).