Isaías 2

Visão de Isaías, filho de Amós, acerca de Judá e Jerusalém.
No fim dos tempos acontecerá que o monte da casa do Senhor estará colocado à frente das montanhas, e dominará as colinas. Para aí acorrerão todas as gentes,
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Profecia messiânica sobre o estabelecimento do reino de Deus. Interpretações variam: judeus veem como era messiânica futura; cristãos associam à Igreja (hebreus12:22-24). Paralelo em mq4:1-3.
e os povos virão em multidão: “Vinde” – dirão eles –, “subamos à montanha do Senhor, à casa do Deus de Jacó: ele nos ensinará seus caminhos, e nós trilharemos as suas veredas”. Porque de Sião deve sair a Lei, e de Jerusalém, a palavra do Senhor.
Ele será o juiz das nações, o governador de muitos povos. De suas espadas forjarão relhas de arados, e de suas lanças, foices. Uma nação não levantará a espada contra outra, e não se arrastarão mais para a guerra.
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Visão de paz universal ('espadas em enxadões') é um tema messiânico. Contraste com joel3:10, que inverte a imagem para contexto de guerra. Aplicado simbolicamente a Cristo como 'Príncipe da Paz'.
Casa de Jacó, vinde, caminhemos à luz do Senhor.
Vós rejeitastes inteiramente vosso povo, a casa de Jacó, porque ela está cheia de adivinhos do Oriente, e de agoureiros como os filisteus; ela transige com os estrangeiros.
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Crítica à adoção de práticas pagãs (agoureiros). Filisteus eram conhecidos por adivinhação (1samuel6:2). Contexto histórico: Judá buscava alianças com nações estrangeiras, misturando cultos (dt18:9-14).
A sua terra está cheia de prata e de ouro, e há tesouros sem fim. A sua terra está cheia de cavalos e há um sem-número de carros.
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Acúmulo de cavalos e carros violava dt17:16, onde reis são proibidos de multiplicar forças militares. Reflexo da corrupção política no tempo de Isaías (século VIII a.C.).
A sua terra está cheia de ídolos; os homens se prosternam diante da obra de suas mãos, diante daquilo que seus dedos fabricaram.
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Idolatria era problema crônico em Judá. Êxodo 20:4-5 proíbe imagens, mas práticas sincréticas eram comuns, como evidenciado por descobertas arqueológicas de estatuetas de fertilidade em Lachish e Hazor.
Os mortais serão abatidos e o homem será humilhado; vós não os perdoareis de maneira nenhuma.
Refugiai-vos nos rochedos, escondei-vos debaixo da terra, sob o impulso do terror do Senhor, e do esplendor de sua majestade, quando ele se levantar para aterrorizar a terra.
A soberba dos mortais será abatida, e o orgulho dos homens será humilhado. Só o Senhor será exaltado naquele tempo.
Porque o Senhor dos exércitos terá um dia para exercer punição contra todo ser orgulhoso e arrogante, e contra todo aquele que se exalta, para abatê-lo,
contra todos os cedros do Líbano, altos e majestosos, e contra todos os carvalhos de Basã,
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Símbolos de poder humano: cedros do Líbano (riqueza), carvalhos de Basã (força), navios de Társis (comércio marítimo fenício). Társis possivelmente identificada com Tartessos, na Espanha, comprovada por cerâmicas fenícias encontradas na região.
contra todos os altos montes, e contra todos os outeiros elevados,
contra todas as torres altas, e contra todas as muralhas fortificadas,
contra todas as naus de Társis, frotas mercantes e contra todos os objetos de luxo.
A pretensão dos mortais será humilhada, o orgulho dos homens será abatido. Só o Senhor será exaltado naquele tempo,
e todos os ídolos desaparecerão.
Refugiai-vos nas cavernas dos rochedos, e nos antros da terra, sob o impulso do terror do Senhor, e do esplendor de sua majestade, quando ele se levantar para aterrorizar a terra.
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Cenas apocalípticas semelhantes a revelação6:15-17. O 'dia do Senhor' aqui combina julgamento iminente (invasão assíria) e escatológico.
Naquele tempo, o homem lançará aos ratos e aos morcegos os ídolos de prata e os ídolos de ouro, que para si tinha feito a fim de adorá-los;
Irá se refugiar nas cavernas dos rochedos e nas fendas da pedreira, por causa do espanto da presença do Senhor, e do esplendor de sua majestade, quando ele se levantar para aterrorizar a terra.
Cessai de confiar no homem, cuja vida se prende a um fôlego: como se pode estimá-lo?
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Advertência contra confiança no ser humano frágil. Paralelos em salmo146:3-4. Contexto: alianças políticas falhas de Judá, em vez de depender de Deus.