Êxodo 1

Eis os nomes dos filhos de Israel que vieram para o Egito com Jacó, cada um com sua família:
Rúben, Simeão, Levi, Judá,
Issacar, Zabulon, Benjamim,
Dã, Neftali, Gad e Aser.
Todas as pes­soas saídas de Jacó eram em número de setenta. José estava já no Egito.
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A contagem de 70 descendentes de Jacó (Gn46:27) inclui José e seus dois filhos que já estavam no Egito. Alguns manuscritos da Septuaginta mencionam 75 pessoas, citando At7:14 como paralelo.
E, morto José, assim como todos os seus irmãos e toda aquela geração,
os israelitas foram fecundos e multiplicaram-se; tornaram-se tão numerosos e tão fortes, que a terra ficou repleta deles.
Entretanto, subiu ao trono do Egito um novo rei, que não tinha conhecido José.
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O 'novo rei' possivelmente se refere à 19ª dinastia egípcia (c.1292–1189 a.C.), após a expulsão dos hicsos (governantes semitas). Isso explicaria a hostilidade contra os hebreus, associados aos antigos dominadores estrangeiros.
Ele disse ao seu povo: ‘‘Vede: os israelitas tornaram-se numerosos e fortes demais para nós.
Vamos! É preciso tomar precaução contra eles e impedir que se multipliquem, para não acontecer que, sobrevindo uma guerra, se unam com os nossos inimigos e combatam contra nós, e se retirem do país”.
Estabeleceu, pois, sobre eles, feitores para acabrunhá-los com trabalhos penosos: eles cons­truíram para o faraó as cidades de Pitom e Ramsés, que deviam servir de entreposto.
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Pitom e Ramessés foram identificadas como cidades construídas por Ramsés II (1279–1213 a.C.). Escavações em Tell el-Retaba (Pitom) e Qantir (Ramessés) revelaram armazéns do período, corroborando o relato bíblico.
Quanto mais os oprimiam, porém, tanto mais eles se multiplicavam e se espalhavam, a ponto de os egípcios os aborrecerem.
Impunham-lhes a mais dura servidão,
e amarguravam-lhes a vida com duros traba­lhos na argamassa e na fabricação de tijolos, bem como com toda a sorte de trabalhos nos campos e todas as tarefas que se lhes impunham tiranicamente.
O rei do Egito dirigiu-se, igualmente, às parteiras dos hebreus (uma se chamava Sefra e a outra, Fua),
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As parteiras Sifrá e Puá: nomes semíticos (Puá aparece em 1Cr7:1 como descendente de Issacar). Há debate se eram hebreias ou supervisoras egípcias - o termo 'hebréias' pode qualificar as parturientes, não as parteiras.
e disse-lhes: ‘‘Quando assistirdes às mulheres dos hebreus, e as virdes sobre o leito, se for um filho, matai-o; mas se for uma filha, dei­xai-a viver’’.
Mas as parteiras temiam a Deus, e não executaram as ordens do rei do Egito, deixando viver os meninos.
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A desobediência civil das parteiras gera discussões éticas: 1) Mentira piedosa justificável 2) Relato posterior para enfatizar a astúcia contra a opressão 3) Indicação de que o temor a Deus supera ordens tirânicas.
O rei mandou-as chamar então e disse-lhes: ‘‘Por que agistes assim, e deixastes viver os meninos?’’.
‘‘Porque – responderam elas ao faraó – as mulheres dos hebreus não são como as dos egípcios: elas são vigorosas, e já dão à luz antes que chegue a parteira.’’
Deus beneficiou as parteiras: o povo continuou a multiplicar-se e a espa­lhar-se.
Porque elas haviam temido a Deus, ele fez prosperar suas famílias.
Então o faraó deu esta ordem a todo o seu povo: ‘‘Todo menino que nascer, vós o atirareis ao Nilo. Deixareis, porém, viver todas as meninas’’.
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O decreto de infanticídio ecoa em Mt2:16-18 (Herodes). Arqueologicamente, não há registros egípcios dessa prática, mas papiros (ex. Leiden 348) mencionam medidas contra asiáticos escravos durante o reinado de Merneptá (1213–1203 a.C.).