1 Crônicas 11

Todo o Israel foi ter com Davi, em Hebron. Disseram-lhe “Vê, nós somos teus ossos e tua carne.
Já antes, quando Saul era rei, eras tu que conduzias os destinos de Israel. O Senhor, teu Deus, te disse: ‘És tu que apascentarás Israel, meu povo, e serás tu o chefe de Israel, meu povo’.”
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A referência a Saul como rei e Davi liderando Israel alude à transição política após a morte de Saul (1sm16:1-13). O título 'pastor do povo' era comum a líderes no Antigo Oriente Médio, associando proteção e governo.
Assim todos os anciãos de Israel vieram para junto do rei, em Hebron, e Davi concluiu um pacto com eles, em Hebron, diante do Senhor. Então, eles ungiram-no rei de Israel, segundo a palavra do Senhor, pronunciada por Samuel.
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A unção de Davi cumpre a profecia de Samuel (1sm16:1-13). A aliança com os anciãos reforça a legitimidade política, prática comum em reinos antigos para estabelecer pactos de lealdade.
Davi foi com todo o Israel contra Jerusalém, chamada então, Jebus, onde estavam os jebuseus, habitantes da terra.
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A conquista de Jerusalém (Jebus) é um marco histórico. Arqueologia confirma que a cidade era fortificada no século X a.C. A menção aos jebuseus corrobora registros egípcios que citam essa população cananeia.
Os jebuseus disseram a Davi: “Aqui não entrarás”. Mas Davi se apoderou da fortaleza de Sião, que se tornou a Cidade de Davi.
“O primeiro – disse ele –, seja quem for, que vencer os jebuseus, será nomeado chefe e príncipe.” O primeiro que subiu foi Joab, filho de Sárvia, e tornou-se chefe.
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A promoção de Joabe como comandante contrasta com seu papel posterior de conspirador (1rs2:28-34). Essa ambiguidade reflete as complexas relações de poder na corte davídica.
Davi instalou-se na fortaleza, que por isso se chama Cidade de Davi.
Ele fortificou a cidade ao redor, desde Milo até seus arredores e Joab restaurou o resto da cidade.
Davi tornou-se cada vez mais poderoso e o Deus dos exércitos estava com ele.
Eis os chefes dos heróis que estavam a serviço de Davi e que o ajudaram com todo o Israel a assegurar seu domínio, a fim de fazê-lo rei, segundo a palavra do Senhor, com respeito a Israel.
Segue a relação dos heróis que estavam a serviço de Davi: Jesbaam, chefe dos trinta. Ele brandiu sua lança contra trezentos homens e os abateu de uma só vez.
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A discrepância entre 300 guerreiros mortos aqui e 800 em 2sm23:8 pode indicar variações nas tradições textuais ou erro de cópia. Manuscritos da Septuaginta sugerem números diferentes.
Depois deste, Eleazar, filho de Dodô, o aoíta, um dos três heróis.
Estava ele com Davi em Afes-Domim, onde os filisteus se tinham reunido para o combate. Lá havia um campo de cevada e o exército fugia diante dos filisteus.
Eles se postaram no meio do campo, defenderam-no e destroçaram os filisteus. Assim o Senhor assegurou uma grande vitória.
Três dos trinta capitães desceram à rocha para perto de Davi, junto da caverna de Odolam, enquanto o acampamento dos filisteus estava levantado no vale dos refains.
Enquanto Davi estava na caverna, uma guarnição de filisteus se achava em Belém.
Davi exprimiu um desejo: “Quem me dará de beber – disse ele – da água da cisterna que está às portas de Belém?”.
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O gesto de derramar água como libação (lvv23:13-18) simboliza sacralizar o risco dos soldados. A recusa de Davi em 'beber sangue' segue o tabu do lv17:10-14 sobre consumo de sangue.
Os três homens atravessaram o acampamento dos filisteus e tiraram água da cisterna que está à porta de Belém. Eles a levaram a Davi, mas Davi não quis bebê-la e fez dela uma libação ao Senhor:
“Deus me livre – disse ele – de beber semelhante coisa! Haveria eu de beber o sangue destes homens? Pois foi arriscando a própria vida que eles me trouxeram esta água.” Por isso, recusou-se a beber. Eis o que fizeram esses três bravos.
Abisaí, irmão de Joab, era o chefe dos três; brandiu sua lança contra trezentos homens; matou-os e adquiriu um nome entre os três.
Era o mais considerado da segunda tríade e foi o seu chefe, mas não se igualou aos três primeiros;
Banaías, filho de Joiada, homem de valor e rico em altos feitos, originário de Cabseel, foi o que venceu os dois filhos de Ariel, de Moab. Foi ele também quem desceu e matou o leão na cisterna, num dia de nevada.
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Benaia matar um egípcio de 2,3m de altura (5 côvados) pode ser hiperbole militar. Porém, estelas egípcias do período realmente descrevem guerreiros de elite com estatura impressionante.
Foi ele ainda quem venceu um egípcio de cinco côvados de altura. Esse egípcio tinha na mão uma lança semelhante a um cilindro de tear de tecelão. Foi contra ele com um bordão, arrancou-lhe a lança das mãos e o matou com a própria lança.
Eis o que fez Banaías, filho de Joiada, que foi célebre entre os três valentes.
Era mais considerado que os trinta; todavia, não se igualou aos três. Davi o colocou à testa de sua guarda.
Valentes homens do exército: Asael, irmão de Joab; Elcanã, filho de Dodô, natural de Belém;
Samot, de Aori; Heles, de Falon;
Ira, filho de Aces, de Tícua;
Abiezer, de Anatot; Sobocai, o husatita; Ilai, o aoíta; Maarai, de Netofa;
Héled, filho de Baana, de Netofa;
Etai, filho de Ribai, de Gabaá, dos filhos de Benjamim; Banaías, de Faraton;
Hurrai, dos vales de Gaás; Abiel, de Arabá; Azmot, de Baurim; Eliaba, de Saalbon; Bené-Asem, de Gezon;
Jônatas, filho de Saage, de Arar;
Aiam, filho de Sacar, de Arar;
Elifalet, filho de Ur; Héfer, de Mequera;
Aías, de Felon; Hesro, de Carmelo; 37 Naarai, filho de Azbai; Joel, irmão de Natã;
Mibaar, filho de Agarai;
Selec, o amonita; Naarai, de Beerot, escudeiro de Joab, filho de Sárvia;
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Urias, o heteu (2sm11:3-17), é mencionado aqui como um dos valentes, ironicamente antecipando seu papel trágico no adultério com Bate-Seba.
Ira, de Jeter; Gareb, de Jeter;
Urias, o hiteu; Zabad, filho de Ooli;
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A lista difere de 2sm23:8-39 em alguns nomes e detalhes, possivelmente devido a fontes distintas usadas pelos cronistas. A inclusão de estrangeiros (v.46: moabita) mostra o caráter multicultural do exército de Davi.
Adina, filho de Siza, filho de Rúben, chefe dos rubenitas e com ele trinta homens;
Hanã, filho de Maaca; Josafá, de Matã;
Ozias, de Astarot; Hosama e Jaiel, filhos de Hotam, de Aroer;
Jadiel, filho de Samri; Joás, seu irmão, o tosaíta;
Eliel, de Maanaim; Jeribai e Josaías, filhos de Elnaem; Jetma, o moabita; Eliel, Obed e Jasiel, de Soba.