Salmos 145

Eu te exaltarei, ó Deus, rei meu, e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos e para sempre.
Cada dia te bendirei, e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos e para sempre.
Grande é o Senhor, e muito digno de louvor, e a sua grandeza inescrutável.
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A expressão 'grandeza inescrutável' (hebraico: 'גדולתו אין חקר') enfatiza a transcendência divina. O termo 'inescrutável' (inesgotável/investigável) aparece também em Jó 36:26 e Romanos 11:33, reforçando a limitação humana em compreender plenamente Deus.
Uma geração louvará as tuas obras à outra geração, e anunciarão as tuas proezas.
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A transmissão intergeracional da fé é tema central no judaísmo (Êxodo 10:2; Deuteronômio 6:7). Arqueologicamente, inscrições como a Pedra Moabita (século IX a.C.) corroboram a prática de registrar feitos para posteridade.
Falarei da magnificência gloriosa da tua majestade e das tuas obras maravilhosas.
E se falará da força dos teus feitos terríveis; e contarei a tua grandeza.
Proferirão abundantemente a memória da tua grande bondade, e cantarão a tua justiça.
Piedoso e benigno é o Senhor, sofredor e de grande misericórdia.
O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras.
Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão.
Falarão da glória do teu reino, e relatarão o teu poder,
Para fazer saber aos filhos dos homens as tuas proezas e a glória da magnificência do teu reino.
O teu reino é um reino eterno; o teu domínio dura em todas as gerações.
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A declaração sobre o reino eterno ecoa profecias messiânicas como Daniel 2:44 e 7:14. No Novo Testamento, Jesus afirma esta perpetuidade (Lucas 1:33), sendo interessante notar que este versículo está ausente em alguns manuscritos hebraicos, mas presente na Septuaginta.
O Senhor sustenta a todos os que caem, e levanta a todos os abatidos.
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A imagem de Deus sustentando os caídos reflete o conceito de hesed (amor misericordioso) central na teologia judaica. Paralelos aparecem em Salmos 37:24 e 2 Coríntios 12:9, mostrando continuidade entre os Testamentos.
Os olhos de todos esperam em ti, e lhes dás o seu mantimento a seu tempo.
Abres a tua mão, e fartas os desejos de todos os viventes.
Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e santo em todas as suas obras.
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A justiça divina associada à santidade aparece em contexto de aliança (Levítico 19:2). Críticos apontam tensão entre este versículo e a existência do mal, gerando debates teológicos sobre teodiceia.
Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.
Ele cumprirá o desejo dos que o temem; ouvirá o seu clamor, e os salvará.
O Senhor guarda a todos os que o amam; mas todos os ímpios serão destruídos.
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A dicotomia entre proteção dos justos e destruição dos ímpios reflete a teologia retributiva comum nos Salmos. Jesus radicaliza este conceito (Mateus 5:44), enquanto achados como os Salmos de Qumran mostram variações nesta temática.
A minha boca falará o louvor do Senhor, e toda a carne louvará o seu santo nome pelos séculos dos séculos e para sempre.