Gênesis 22

Passado algum tempo, Deus pôs Abraão à prova, dizendo-lhe: "Abraão! " Ele respondeu: "Eis-me aqui".
Então disse Deus: "Tome seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá para a região de Moriá. Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes que lhe indicarei".
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Moriá é identificado com Jerusalém em 2cr3:1 (local do templo). A ordem de sacrificar Isaque contrasta com proibições posteriores de sacrifícios humanos (lv18:21), mostrando um teste radical de fé.Interpretação messiânica: a substituição do cordeiro (v.13) prefigura o sacrifício de Cristo (jo1:29). Agostinho via Isaque carregando lenha como símbolo de Jesus com a cruz.
Na manhã seguinte, Abraão levantou-se e preparou o seu jumento. Levou consigo dois de seus servos e Isaque seu filho. Depois de cortar lenha para o holocausto, partiu em direção ao lugar que Deus lhe havia indicado.
No terceiro dia de viagem, Abraão olhou e viu o lugar ao longe.
Disse ele a seus servos: "Fiquem aqui com o jumento enquanto eu e o rapaz vamos até lá. Depois de adorarmos, voltaremos".
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Abraão afirma 'tornaremos' - sinal de fé na providência divina, mesmo diante do sacrifício. Hb11:17-19 explica que ele cria na ressurreição.
Abraão pegou a lenha para o holocausto e a colocou nos ombros de seu filho Isaque, e ele mesmo levou as brasas para o fogo, e a faca. E caminhando os dois juntos,
Isaque disse a seu pai Abraão: "Meu pai! " "Sim, meu filho", respondeu Abraão. Isaque perguntou: "As brasas e a lenha estão aqui, mas onde está o cordeiro para o holocausto? "
Respondeu Abraão: "Deus mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho". E os dois continuaram a caminhar juntos.
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A frase 'Deus proverá' (hebraico 'Yahweh Yireh') torna-se nome profético do lugar (v.14). João 8:56 liga esta promessa à expectativa messiânica de Abraão.
Quando chegaram ao lugar que Deus lhe havia indicado, Abraão construiu um altar e sobre ele arrumou a lenha. Amarrou seu filho Isaque e o colocou sobre o altar, em cima da lenha.
Então estendeu a mão e pegou a faca para sacrificar seu filho.
Mas o Anjo do Senhor o chamou do céu: "Abraão! Abraão! " "Eis-me aqui", respondeu ele.
"Não toque no rapaz", disse o Anjo. "Não lhe faça nada. Agora sei que você teme a Deus, porque não me negou seu filho, o seu único filho. "
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O teste revela que Deus rejeita sacrifícios humanos (contrastando com práticas cananeias). Arqueologia comprova sacrifícios infantis em Cartago e cultos a Moloque (2rs23:10).
Abraão ergueu os olhos e viu um carneiro preso pelos chifres num arbusto. Foi lá, pegou-o e sacrificou-o como holocausto em lugar de seu filho.
Abraão deu àquele lugar o nome de "O Senhor proverá". Por isso até hoje se diz: "No monte do Senhor se proverá".
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A tradição judaica liga este monte ao futuro templo. Cristãos associam ao Gólgota (distante 1km), enfatizando a continuidade do plano divino.
Pela segunda vez o Anjo do Senhor chamou do céu a Abraão
e disse: "Juro por mim mesmo", declara o Senhor, "que por ter feito o que fez, não me negando seu filho, o seu único filho,
esteja certo de que o abençoarei e farei seus descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Sua descendência conquistará as cidades dos que lhe forem inimigos
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A promessa de descendência 'como estrelas' cumpre-se parcialmente em Israel, mas cristãos veem pleno cumprimento em Cristo (gl3:16,29), incluindo gentios na bênção abraâmica.
e, por meio dela, todos povos da terra serão abençoados, porque você me obedeceu".
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A bênção universal (cf. gn12:3) é citada em at3:25 como base para a evangelização dos povos. Paulo usa este verso para defender a inclusão dos gentios (gl3:8).
Então voltou Abraão a seus servos, e juntos partiram para Berseba, onde passou a viver.
Passado algum tempo, disseram a Abraão que Milca dera filhos a seu irmão Naor:
Uz, o mais velho, Buz, seu irmão, Quemuel, pai de Arã,
Quésede, Hazo, Pildas, Jidlafe e Betuel,
pai de Rebeca. Estes foram os oito filhos que Milca deu a Naor, irmão de Abraão.
E sua concubina, chamada Reumá, teve os seguintes filhos: Tebá, Gaã, Taás e Maaca.